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Consultores da OMS voltam a ser acusados
Artigo no "British Medical Journal" diz que cientistas recebiam dinheiro de laboratórios
DE SÃO PAULO
Conflitos de interesses envolvendo a OMS (Organização Mundial da Saúde) vieram à tona novamente com a
publicação de um artigo no
"British Medical Journal", divulgado ontem.
O relatório mostra que os
cientistas que participaram
da elaboração das orientações de 2004 sobre o uso de
vacinas e antivirais durante
pandemias de gripe recebiam dinheiro de empresas
farmacêuticas.
Esse dado não foi divulgada nos documentos. Na época em que redigiu o material,
o autor principal das orientações era pago por uma indústria farmacêutica que produz
remédios usados para tratar
a gripe. Ele fazia palestras e
dava consultorias.
O pesquisador que escreveu um anexo sobre vacinas
também recebia dinheiro de
empresas fabricantes desse
tipo de medicamento.
Em um editorial, a revista
destaca a falta de transparência da organização nos últimos tempos.
Em janeiro, a OMS foi acusada de agir sob pressão de
empresas farmacêuticas interessadas em vender vacinas e, por isso, de exagerar a
ameaça representada pelo vírus da gripe A (H1N1).
Na época, defendeu os laços com parceiros -incluindo a indústria farmacêutica- como "essenciais para
alcançar objetivos em saúde
pública hoje e no futuro".
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