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Aparelhos que medem pressão do olho estão descalibrados
Metade dos tonômetros de Brasília tinha erro de leitura
GABRIELA CUPANI
DA REPORTAGEM LOCAL
Quase metade dos tonômetros da cidade de Brasília estão
descalibrados. O aparelho é utilizado para medir a pressão
ocular. O dado é de um levantamento publicado recentemente nos "Arquivos Brasileiros de
Oftalmologia".
O estudo avaliou cem aparelhos em serviços públicos e privados do Distrito Federal,
usando um equipamento padrão fornecido pelo fabricante.
Os resultados mostraram que
47% deles apresentaram erros
de leitura.
Tonômetros com menos de
cinco anos de uso, utilizados
em menos de 20 pacientes por
dia ou em clínicas privadas tinham menos erros de calibragem. Por outro lado, 61% dos
equipamentos de hospitais públicos estavam descalibrados.
A descalibragem pode comprometer a detecção e o acompanhamento de pacientes com
glaucoma.
"Com esse equipamento descalibrado, o médico pode deixar de diagnosticar a doença ou
cometer erros na dosagem da
medicação", alerta o oftalmologista Geraldo Magela, autor do
levantamento.
"A pesquisa chama a atenção
para a necessidade de checar a
calibragem desses aparelhos
regularmente", diz Magela.
De acordo com o especialista,
o ideal seria que a manutenção
fosse anual.
Pesquisas realizadas nos Estados Unidos mostram que a
realidade não é muito diferente
naquele país: lá, 30% dos tonômetros possuem problemas de
regulagem.
No Brasil, um estudo anterior, desenvolvido na cidade de
Recife, apontou que 25% dos
aparelhos apresentavam erros
de calibração.
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