São Paulo, terça-feira, 09 de fevereiro de 2010

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CIRURGIA PLÁSTICA

Médico contesta laudo do IML sobre morte em lipoaspiração

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Indiciado sob suspeita de homicídio doloso pela morte da jornalista Lanusse Barbosa, 27, o médico Haeckel Cabral Moraes contestou o laudo do Instituto Médico Legal em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal.
A Folha ligou para o consultório do médico, mas não conseguiu contatá-lo.
O IML havia constatado que a cânula usada por ele para fazer a lipoaspiração havia atravessado a parede abdominal da paciente, atingindo uma veia próxima ao rim e fazendo com que ela perdesse 1,5 litro de sangue.
Na última sexta-feira, segundo a delegada Martha Vargas, o médico deu duas versões para explicar a perfuração da veia. Na primeira, disse que ela podia ter ocorrido durante a massagem cardíaca na tentativa de reanimar a jornalista.
Segundo a delegada, ao ser confrontado com o fato de que a perfuração ocorreu no abdômen, e não no tórax, ele teria dito que ela poderia ter sido causada por mudanças na posição da paciente durante a lipoaspiração.
Moraes foi indiciado sob suspeita de homicídio doloso (quando se tem a intenção de matar) porque, segundo a delegada, ao ver sinais de hemorragia, o anestesista sugeriu a ele que interrompesse a cirurgia, mas ele não o fez.
A conduta foi caracterizada como dolo eventual, em que o acusado não tem a intenção de matar, mas assume o risco de que isso ocorra.
(ÂNGELA PINHO)


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