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TRANSPLANTES
Técnicas ajudam paciente sensível a receber novo rim
DAVID TULLER
DO "NEW YORK TIMES"
Até pouco tempo, havia
poucas chances de que pacientes com altos níveis de
PRA (anticorpos que atacam
tecido estranho) pudessem
se submeter a um transplante renal. Transfusões de sangue, gravidez e um transplante anterior podem fazer
os índices de PRA subir.
"Há dez anos, essa era uma
contraindicação absoluta para transplante de rim", disse
Mark D. Stegall, da Clínica
Mayo, em Rochester (EUA).
Hoje, o Johns Hopkins
Hospital e a Clínica Mayo
contam com a plasmaferese,
um processo de limpeza do
sangue capaz de eliminar os
anticorpos perigosos, geralmente seguido de pequenas
doses de IVIG (imunoglobulina intravenosa).
Com técnica parecida, o
Cedars-Sinai Medical Center
(Los Angeles) realizou mais
de 200 transplantes de rim
desde 2006, com a dessensibilização com IVIG .
A plasmaferese é usada somente quando os pacientes
contam com um doador vivo.
Os protocolos de dessensibilização, também usados
para evitar a rejeição do órgão por incompatibilidade
sanguínea, custam muito
mais que transplantes convencionais, além de serem de
complexa administração.
Ainda assim, apesar de esses pacientes poderem ter
mais complicações a curto
prazo, o índice geral de sobrevivência em um ano é só
um pouco menor do que os
de 90-95% dos transplantes
convencionais.
Os três centros estudam se
outras substâncias e dosagens podem aumentar o índice de sucesso.
Apesar das melhorias nas
tecnologias de diálise, os
transplantes continuam sendo o tratamento preferencial
para pacientes com doença
renal crônica, com melhores
resultados de longo prazo e
qualidade de vida.
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