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SUS fará teste de anemia falciforme em bebês
Identificação será realizada no exame do pezinho
SOFIA FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O SUS (Sistema Único de
Saúde) passará a oferecer em
todo o país a identificação de
anemia falciforme no teste do
pezinho. Esse tipo de anemia é
uma das doenças hereditárias
mais comuns no Brasil, predominante entre negros.
No dia 13 de maio, o Ministério da Saúde lançará o projeto
Saúde da População Negra. Entre as ações, a mais destacada é
a universalização do teste, que
atualmente é oferecido gratuitamente em apenas 13 Estados.
A anemia falciforme geralmente gera sintomas no recém-nascido. É uma alteração
genética que muda a configuração das hemácias, que adquirem forma de foice e perdem
eficiência de oxigenação. Causa
dores e oclusão de vasos sanguíneos. O tratamento é feito
com penicilina e vacinas.
O primeiro passo, segundo
Edson Santos, ministro da
Igualdade Racial, será a qualificação dos profissionais de saúde para esse atendimento especial. O exame consiste em uma
segunda etapa do já difundido
teste do pezinho. Com o reforço de uma gota a mais de sangue no teste, é possível identificar a doença genética.
Todo ano nascem no Brasil
3.500 crianças com anemia falciforme, de acordo com o Ministério da Saúde. Se não tiverem tratamento médico adequado, 25% delas não alcançam
os cinco anos de vida.
A Bahia é o Estado com
maior incidência, por sua grande população afrodescendente.
De cada 650 crianças, uma nasce com a anemia.
Mas a Bahia também é um
dos lugares onde se oferece o
teste, desde 2001. A médica geneticista Helena Pimentel,
consultora externa do Ministério da Saúde, foi uma das responsáveis pela implantação do
exame no Estado.
Pimentel conta que, depois
que o exame virou um programa de saúde, a qualidade de vida de quem tem a doença aumentou, pois o conhecimento
médico sobre anemia falciforme melhorou. Ela espera que,
até o fim do ano, todos os Estados tenham aderido ao exame.
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