São Paulo, sábado, 09 de maio de 2009

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SUS fará teste de anemia falciforme em bebês

Identificação será realizada no exame do pezinho

SOFIA FERNANDES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O SUS (Sistema Único de Saúde) passará a oferecer em todo o país a identificação de anemia falciforme no teste do pezinho. Esse tipo de anemia é uma das doenças hereditárias mais comuns no Brasil, predominante entre negros.
No dia 13 de maio, o Ministério da Saúde lançará o projeto Saúde da População Negra. Entre as ações, a mais destacada é a universalização do teste, que atualmente é oferecido gratuitamente em apenas 13 Estados.
A anemia falciforme geralmente gera sintomas no recém-nascido. É uma alteração genética que muda a configuração das hemácias, que adquirem forma de foice e perdem eficiência de oxigenação. Causa dores e oclusão de vasos sanguíneos. O tratamento é feito com penicilina e vacinas.
O primeiro passo, segundo Edson Santos, ministro da Igualdade Racial, será a qualificação dos profissionais de saúde para esse atendimento especial. O exame consiste em uma segunda etapa do já difundido teste do pezinho. Com o reforço de uma gota a mais de sangue no teste, é possível identificar a doença genética.
Todo ano nascem no Brasil 3.500 crianças com anemia falciforme, de acordo com o Ministério da Saúde. Se não tiverem tratamento médico adequado, 25% delas não alcançam os cinco anos de vida.
A Bahia é o Estado com maior incidência, por sua grande população afrodescendente. De cada 650 crianças, uma nasce com a anemia.
Mas a Bahia também é um dos lugares onde se oferece o teste, desde 2001. A médica geneticista Helena Pimentel, consultora externa do Ministério da Saúde, foi uma das responsáveis pela implantação do exame no Estado.
Pimentel conta que, depois que o exame virou um programa de saúde, a qualidade de vida de quem tem a doença aumentou, pois o conhecimento médico sobre anemia falciforme melhorou. Ela espera que, até o fim do ano, todos os Estados tenham aderido ao exame.


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