São Paulo, sábado, 14 de novembro de 2009

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70% das gestantes têm doenças bucais, diz levantamento

Segundo estudo de São José do Rio Preto, só 34% passam por consultas odontológicas na gravidez

IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Uma pesquisa feita em São José do Rio Preto (SP) apontou que mais de 70% das gestantes apresentam problemas bucais durante a gravidez, mas só 34% delas passam por consultas odontológicas no período.
O trabalho, feito para a Associação Paulista dos Cirurgiões Dentistas-regional Araraquara, envolveu 372 gestantes que faziam acompanhamento pré-natal no SUS e em clínicas privadas da cidade.
Segundo a cirurgiã-dentista Ana Rosa Kuymjian Albieri, autora da pesquisa, o problema bucal mais comum foi o sangramento da gengiva. "As mudanças hormonais da gravidez estão associadas ao aumento desse tipo de sangramento. Mas, com uma higienização cuidadosa da boca, o problema pode ser controlado", diz a dentista.
Apesar de 29% das entrevistadas terem declarado que têm medo de que a consulta odontológica possa causar danos ao feto, metade disse acreditar que problemas dentários na gravidez podem ser prejudiciais ao bebê. "Pesquisas mostram que inflamações na gengiva estão associadas ao maior risco de partos prematuros."
A dentista avalia que é preciso uma orientação mais firme em relação aos cuidados bucais durante o pré-natal. Em seu levantamento, menos da metade das gestantes foi orientada pelo médico a procurar o consultório de um dentista.
"Elas precisam saber que diversos cuidados são tomados no tratamento odontológico de gestantes, tornando-o seguro. Além de deixarmos o tratamento curativo para o segundo trimestre [da gestação], são usadas anestesias específicas, sem substâncias vasoconstritoras e, no caso de o raio-X ser indispensável, usamos avental de chumbo, protetor de tireoide e filmes rápidos", afirma Albieri.


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