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70% das gestantes têm doenças bucais, diz levantamento
Segundo estudo de São José do Rio Preto, só 34% passam por consultas odontológicas na gravidez
IARA BIDERMAN
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Uma pesquisa feita em São
José do Rio Preto (SP) apontou
que mais de 70% das gestantes
apresentam problemas bucais
durante a gravidez, mas só 34%
delas passam por consultas
odontológicas no período.
O trabalho, feito para a Associação Paulista dos Cirurgiões
Dentistas-regional Araraquara,
envolveu 372 gestantes que faziam acompanhamento pré-natal no SUS e em clínicas privadas da cidade.
Segundo a cirurgiã-dentista
Ana Rosa Kuymjian Albieri, autora da pesquisa, o problema
bucal mais comum foi o sangramento da gengiva. "As mudanças hormonais da gravidez estão associadas ao aumento desse tipo de sangramento. Mas,
com uma higienização cuidadosa da boca, o problema pode
ser controlado", diz a dentista.
Apesar de 29% das entrevistadas terem declarado que têm
medo de que a consulta odontológica possa causar danos ao
feto, metade disse acreditar
que problemas dentários na
gravidez podem ser prejudiciais ao bebê. "Pesquisas mostram que inflamações na gengiva estão associadas ao maior
risco de partos prematuros."
A dentista avalia que é preciso uma orientação mais firme
em relação aos cuidados bucais
durante o pré-natal. Em seu levantamento, menos da metade
das gestantes foi orientada pelo
médico a procurar o consultório de um dentista.
"Elas precisam saber que diversos cuidados são tomados
no tratamento odontológico de
gestantes, tornando-o seguro.
Além de deixarmos o tratamento curativo para o segundo
trimestre [da gestação], são
usadas anestesias específicas,
sem substâncias vasoconstritoras e, no caso de o raio-X ser indispensável, usamos avental de
chumbo, protetor de tireoide e
filmes rápidos", afirma Albieri.
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