São Paulo, sábado, 15 de outubro de 2011

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Hospital Albert Einstein faz 40 anos e 2.000 transplantes

Instituição paulistana se consolida como maior transplantadora de fígado do mundo, com sobrevida de pacientes em torno de 90%

Patricia Araújo/Folhapress
O oftalmologista Claudio Lottenberg, presidente do Hospital Israelita Albert Einstein

REINALDO JOSÉ LOPES
EDITOR DE CIÊNCIA E SAÚDE

O Hospital Israelita Albert Einstein comemora hoje seus 40 anos de existência, alcançando a marca de 2.000 transplantes realizados pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A maior parte dos procedimentos (1.150) foi de fígado.
Com o número, a instituição paulistana consolida sua posição como o maior transplantador de fígado do mundo envolvendo doadores já mortos, afirma o oftalmologista Claudio Lottenberg, presidente do hospital.
Para Lottenberg, o marco é resultado da decisão do hospital de suprir as necessidades de procedimentos de alta complexidade que o sistema público de saúde tem dificuldade de abarcar.
"Esse tipo de operação não depende só da qualidade da equipe do hospital. Depende de uma série de outros fatores, como a estrutura de equipamentos e de banco de sangue. Conseguimos reunir esses fatores e alcançar um número bastante significativo", diz Lottenberg, que trabalha com transplantes de córnea em sua especialidade.

DEMANDA EM ALTA
De acordo com o médico, a alta demanda do SUS acabou levando o Einstein a ter um predomínio de transplantes de fígado, exigidos por uma série de doenças crônicas do órgão. A sobrevida é de 90%, semelhante aos patamares nos EUA.
"Em vez de seguir uma fila cronológica dos pacientes, optamos por transplantar primeiro os casos de maior gravidade, o que também contribui para evitar mortes", afirma Lottenberg.
Do ponto de vista histórico, o presidente do Einstein destacou a importância da iniciativa da comunidade judaica na consolidação do hospital. "Ele foi criado pela comunidade judaica, mas não para a comunidade judaica", afirmou.
No mês de aniversário, o Einstein está implantando um simulador de realidade virtual para cirurgias robóticas, o Mimic. O simulador cria 39 cenários cirúrgicos, de forma a aumentar a precisão de cirurgias reais feitas com a ajuda de robôs no hospital.
Lottenberg calcula que as unidades do hospital atendam cerca de 1 milhão de pessoas por ano.


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