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População não deve descartar os alimentos
FERNANDA BASSETTE
RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Embora os agrotóxicos
presentes nos alimentos
sejam prejudiciais à saúde,
os danos podem demorar
anos para aparecer e não
há estudos científicos que
relacionem seu consumo e
uma possível intoxicação.
Segundo Eduardo Mello
De Capitani, toxicologista
da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas),
vários tipos de agrotóxicos
são usados nos alimentos,
e o levantamento da Anvisa não deixa claro quais estão em excesso. O relatório também não aponta o
quanto esses agrotóxicos
excedem o limite. "É diferente a pessoa ingerir um
alimento que possui agrotóxico um ponto acima do
limite e outro que esteja
20 pontos acima", diz.
Para Délio Campolina,
presidente da Sociedade
Brasileira de Toxicologia,
o efeito maléfico do consumo dessas substâncias pode demorar anos para aparecer. "A pessoa come a
fruta e não sente alteração
no gosto nem passa mal."
Mas, segundo Eloisa
Dutra Caldas, professora
do departamento de toxicologia da UnB (Universidade de Brasília), a população não deve deixar de
ingerir os alimentos avaliados, já que o risco da exposição aos agrotóxicos é
menor do que o benefício
potencial do consumo de
frutas e legumes.
A melhor maneira de
eliminar o excesso de
agrotóxicos é lavar os alimentos com uma esponja
com detergente neutro.
"Mas, dependendo da
quantidade, o agrotóxico
pode estar até na polpa",
afirma Campolina.
(Colaborou a Sucursal de Brasília)
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