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Sensor pode detectar líquido nos pulmões
RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Um sensor não invasivo que
envia informações sobre o acúmulo de líquido nos pulmões de
pacientes para uma central
computadorizada foi aprovado
para venda nos EUA.
A expectativa é que ele seja
capaz de reduzir hospitalizações ao detectar precocemente
uma descompensação da insuficiência cardíaca, mas um estudo a esse respeito ainda está
sendo desenvolvido.
O aparelho sem fio, que é colocado junto ao peito do paciente, monitora indicadores
de saúde cardíaca -como níveis de atividade física e acúmulo de líquido corporal- 24
horas por dia, enquanto a pessoa segue sua rotina.
O sensor envia dados para
outro aparelho em poder do paciente, que os retransmite para
servidores da Corventis, fabricante do sistema. Lá, computadores enviam um alerta para o
médico em caso de anomalias.
Segundo o cardiologista
Marcelo Ferraz Sampaio, chefe
do laboratório de biologia molecular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, a ferramenta é indicada para pacientes com níveis avançados de insuficiência cardíaca, uma fraqueza do músculo do coração
causada por hipertensão, infarto e doença de Chagas, entre
outros problemas.
Em pacientes com doença no
coração, um acúmulo de líquido nos pulmões pode levar a
falta de ar e a insuficiência cardíaca, que requer hospitalização para remover esse líquido.
Mas, se a doença for descoberta
antes que o paciente comece a
apresentar os sintomas, a administração de diuréticos pode
evitar a internação.
"Teoricamente, a medição
dos fluídos deve prevenir a
ocorrência de coisas sérias, como edema agudo de pulmão, e
diminuir o custo do tratamento
e o número de internações,
além de melhorar a qualidade
de vida do paciente. Mas só um
estudo controlado, com um
grande contingente de pessoas,
vai permitir medir o impacto
desse aparelho", diz Sampaio.
No Brasil, ainda não há aparelhos semelhantes aprovados
para uso pela Anvisa.
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