São Paulo, sábado, 16 de maio de 2009

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Sensor pode detectar líquido nos pulmões

RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Um sensor não invasivo que envia informações sobre o acúmulo de líquido nos pulmões de pacientes para uma central computadorizada foi aprovado para venda nos EUA.
A expectativa é que ele seja capaz de reduzir hospitalizações ao detectar precocemente uma descompensação da insuficiência cardíaca, mas um estudo a esse respeito ainda está sendo desenvolvido.
O aparelho sem fio, que é colocado junto ao peito do paciente, monitora indicadores de saúde cardíaca -como níveis de atividade física e acúmulo de líquido corporal- 24 horas por dia, enquanto a pessoa segue sua rotina.
O sensor envia dados para outro aparelho em poder do paciente, que os retransmite para servidores da Corventis, fabricante do sistema. Lá, computadores enviam um alerta para o médico em caso de anomalias.
Segundo o cardiologista Marcelo Ferraz Sampaio, chefe do laboratório de biologia molecular do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, a ferramenta é indicada para pacientes com níveis avançados de insuficiência cardíaca, uma fraqueza do músculo do coração causada por hipertensão, infarto e doença de Chagas, entre outros problemas.
Em pacientes com doença no coração, um acúmulo de líquido nos pulmões pode levar a falta de ar e a insuficiência cardíaca, que requer hospitalização para remover esse líquido. Mas, se a doença for descoberta antes que o paciente comece a apresentar os sintomas, a administração de diuréticos pode evitar a internação.
"Teoricamente, a medição dos fluídos deve prevenir a ocorrência de coisas sérias, como edema agudo de pulmão, e diminuir o custo do tratamento e o número de internações, além de melhorar a qualidade de vida do paciente. Mas só um estudo controlado, com um grande contingente de pessoas, vai permitir medir o impacto desse aparelho", diz Sampaio.
No Brasil, ainda não há aparelhos semelhantes aprovados para uso pela Anvisa.


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