São Paulo, terça-feira, 16 de junho de 2009

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Botos cor-de-rosa são usados em terapia com crianças na Amazônia

Rodrigo Baleia/Folha Imagem
O fisioterapeuta Igor Simões de Andrade acompanha criança no rio Ariaú, no Amazonas

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

Uma terapia com botos da Amazônia tem ajudado crianças com hemofilia, anemia falciforme e câncer a melhorar a autoestima.
As sessões acontecem em Iranduba (AM) há três anos. Criada pelo fisioterapeuta Igor Simões de Andrade, a atividade recebeu aval do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) na semana passada.
Após seis meses de avaliação, o órgão autorizou a bototerapia ao reconhecer que os animais, em extinção, não sofrem maus-tratos.
Para a hematologista Socorro Sampaio, da Fundação de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas, o contato das crianças com os botos é extremamente benéfico. "Elas aceitam melhor a alimentação e estão mais participativas e sociáveis."
A bototerapia está associada à técnica terapêutica rolfing, criada pela cientista americana Ida Rolf. Andrade treinou por um ano os botos que vivem no rio Ariaú, em Iranduba (35 km de Manaus). "O ultrassom dos botos induz a produção de neurotransmissores e hormônios, como a serotonina [ligada ao bem-estar]. As crianças saem com bom humor."
A Folha esteve em uma das sessões da terapia. Nem a chuva fina e a brisa fria demoveram a menina Rayane Costa, 8, que tem anemia falciforme, da ideia de cair com o boto nas águas escuras do afluente do Negro.


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