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Projeto dobra doações de órgãos em três hospitais
Instituições realizaram 63 procedimentos até abril
MATHEUS PICHONELLI
THIAGO REIS
DA AGÊNCIA FOLHA
Três hospitais públicos paulistas conseguiram, em um ano,
mais do que dobrar o número
de doadores de órgãos desde
que passaram a contar com
coordenadores especializados
em transplantes em sua rotina.
O Complexo Hospitalar do
Mandaqui, o Conjunto Hospitalar de Sorocaba e o Hospital
Geral de Guarulhos fizeram, de
maio de 2008 a abril de 2009,
63 procedimentos de extração
de múltiplos órgãos, contra 29
do período anterior.
Os três hospitais foram escolhidos para fazer parte de um
projeto do hospital Albert
Einstein, em parceira com a Secretaria da Saúde do Estado,
para treinamento de profissionais em captação de órgãos.
Com o programa, esses hospitais passaram a ter, desde
2008, um coordenador intra-hospitalar de transplantes.
Nos hospitais públicos, esses
especialistas -no caso, um médico e dois enfermeiros- ajudam a identificar potenciais
doadores e acompanham o processo da doação após a confirmação da morte encefálica.
São responsáveis também
por capacitar as instituições
onde atuam para que desenvolvam métodos mais eficazes de
captação, como na abordagem
das famílias de doadores.
Segundo o cirurgião Ben-Hur Ferraz Neto, coordenador
do Programa de Transplantes
do Albert Einstein, o conhecimento dos coordenadores sobre a rotina e a legislação de
transplantes ajuda os hospitais
a superar as dúvidas relativas
ao procedimentos para doação.
Vice-presidente da ABTO
(Associação Brasileira de
Transplante de Órgãos), o cirurgião afirma que, com o programa, os três hospitais conseguiram aumentar em 54,8% (de
177 para 274) as notificações de
morte encefálica -apontada
por especialistas como um dos
principais desafios para um aumento das doações no país.
O projeto, batizado de NCap,
foi implantado recentemente
pelo Hospital Municipal de
M'Boi Mirim, em São Paulo, e
deve ser adotado em outros
hospitais ainda neste ano.
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