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Para especialista, embalagem deve ser mais objetiva
DE SÃO PAULO
O nutrólogo Fábio Ancona Lopez diz que os rótulos
brasileiros são imprecisos.
"Já que não temos educação nutricional, é indispensável que as embalagens sejam mais claras."
Frases de alerta sobre as
quantidades excessivas de
alguns nutrientes ajudariam os consumidores a escolher melhor os produtos,
segundo o nutrólogo.
Em rótulos com cálculos
para porções pequenas, a
informação de que o produto tem muito sódio ou gordura pode ficar oculta.
A Anvisa publicou, no
dia 29 de julho, uma resolução obrigando os fabricantes de produtos com baixo
teor nutricional ou elevadas
quantidades de açúcar, gordura saturada ou trans a colocarem um alerta nas publicidades dos produtos.
O texto do documento definia quais seriam as quantidades consideradas elevadas e, para esses casos, determinava a inscrição da
frase: "O alimento contém
muita gordura trans e, se
consumida em grande
quantidade, aumenta o risco de doenças do coração".
A resolução teria 180 dias
para começar a valer, mas a
Advocacia-Geral da União
divulgou um parecer que
pede a suspensão da resolução, alegando que o assunto deve ser analisado pela
Consultoria-Geral da União.
O tema ainda não foi votado pela diretoria da Anvisa, quer dizer que a decisão
continua em aberto.
Para a endocrinologista
Rosana Radominski, o didatismo dos rótulos não seria demais. "As embalagens
precisam ser mais objetivas.
Acho que só assim as pessoas saberiam realmente o
que estão comendo."
Na Inglaterra, existe um
sistema de "rótulo semáforo", em que os alimentos
são sinalizados com cores
quando têm altos níveis de
gordura, açúcar ou sal.
Produtos com cores verdes ou amarelas são mais
saudáveis do que aqueles
em que a cor vermelha aparece mais vezes.
No site da Food Standards Agency, órgão do governo que cuida da padronização, há uma cartilha explicativa sobre como entender as informações e aplicá-las na dieta.
"O caso da Inglaterra serve como exemplo. Não acho
que isso pode criar um mal-estar no consumidor. É importante que essas informações sejam escancaradas",
completa Radominski.
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