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Dos brasileiros com vida sexual ativa, 13% já tiveram DST
Aproximadamente 20% dos homens afetados por esse tipo de doença não procuram tratamento
LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cerca de 13% dos brasileiros
com vida sexual ativa já tiveram algum tipo de DST (doença
sexualmente transmissível).
Dos 10,3 milhões de infectados,
cerca de 6,6 milhões são homens -no entanto, quase 20%
deles não buscam tratamento
e, entre os que buscam, um em
cada quatro tenta resolver o
problema no balcão da farmácia em vez de ir ao médico.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde feita com
8.000 pessoas, de 15 a 64 anos.
"A Organização Mundial da
Saúde considera ônus para a
população se a taxa de prevalência de DST curável é maior
que 5%", diz Rosane Figueiredo
Alves, presidente da Sociedade
Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Na maioria dos casos, as DST
são fáceis de serem tratadas.
"Os dados mostram que a população masculina não busca
os serviços de saúde como deveria", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
No caso das mulheres, cerca
de 11% não buscam tratamento,
mas, entre as que procuram
ajuda, quase a totalidade recorre à rede de saúde.
Dados recentes da OMS mostram que, a cada ano, surgem
cerca de 340 milhões de novos
casos de DST no mundo.
O sintoma mais citado por
homens foi o corrimento uretral, que ocorre em casos de gonorreia e clamídia. Entre as
mulheres, foram as feridas. Não
tratar essas doenças pode levar
a infertilidade e câncer.
A pesquisa do Ministério da
Saúde mostrou que os profissionais de saúde também têm
de estar mais atentos.
Entre as pessoas com sintomas que recorreram à rede de
saúde, só 30% foram orientadas a fazer o teste do HIV. "A
DST pode aumentar em até 18
vezes o risco da transmissão do
vírus da Aids", afirma a diretora
do Programa Nacional de DST
e Aids do Ministério da Saúde,
Mariângela Simão.
Uma das estratégias da campanha de combate às DST do
Ministério da Saúde é incentivar que as pessoas que têm alguma dessas doenças comuniquem seus parceiros.
Foi lançado um site do ministério em que é possível enviar
mensagem anônima informando o diagnóstico de DST para o
parceiro sexual. O site
www.aids.gov.br/muitopra
zer também traz informações
sobre as doenças.
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