São Paulo, quarta-feira, 19 de agosto de 2009

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Dos brasileiros com vida sexual ativa, 13% já tiveram DST

Aproximadamente 20% dos homens afetados por esse tipo de doença não procuram tratamento

LARISSA GUIMARÃES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Cerca de 13% dos brasileiros com vida sexual ativa já tiveram algum tipo de DST (doença sexualmente transmissível). Dos 10,3 milhões de infectados, cerca de 6,6 milhões são homens -no entanto, quase 20% deles não buscam tratamento e, entre os que buscam, um em cada quatro tenta resolver o problema no balcão da farmácia em vez de ir ao médico.
Os dados fazem parte de pesquisa divulgada ontem pelo Ministério da Saúde feita com 8.000 pessoas, de 15 a 64 anos.
"A Organização Mundial da Saúde considera ônus para a população se a taxa de prevalência de DST curável é maior que 5%", diz Rosane Figueiredo Alves, presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis.
Na maioria dos casos, as DST são fáceis de serem tratadas. "Os dados mostram que a população masculina não busca os serviços de saúde como deveria", disse o ministro da Saúde, José Gomes Temporão.
No caso das mulheres, cerca de 11% não buscam tratamento, mas, entre as que procuram ajuda, quase a totalidade recorre à rede de saúde.
Dados recentes da OMS mostram que, a cada ano, surgem cerca de 340 milhões de novos casos de DST no mundo.
O sintoma mais citado por homens foi o corrimento uretral, que ocorre em casos de gonorreia e clamídia. Entre as mulheres, foram as feridas. Não tratar essas doenças pode levar a infertilidade e câncer.
A pesquisa do Ministério da Saúde mostrou que os profissionais de saúde também têm de estar mais atentos.
Entre as pessoas com sintomas que recorreram à rede de saúde, só 30% foram orientadas a fazer o teste do HIV. "A DST pode aumentar em até 18 vezes o risco da transmissão do vírus da Aids", afirma a diretora do Programa Nacional de DST e Aids do Ministério da Saúde, Mariângela Simão.
Uma das estratégias da campanha de combate às DST do Ministério da Saúde é incentivar que as pessoas que têm alguma dessas doenças comuniquem seus parceiros.
Foi lançado um site do ministério em que é possível enviar mensagem anônima informando o diagnóstico de DST para o parceiro sexual. O site www.aids.gov.br/muitopra zer também traz informações sobre as doenças.


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