São Paulo, terça-feira, 21 de abril de 2009

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Inglaterra planeja criar maior banco de gêmeos

Arquivo terá informações sobre a saúde e o DNA

RACHEL BOTELHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Pesquisadores do King's College London, na Inglaterra, planejam reunir informações sobre a saúde e o DNA de 300 mil pares de gêmeos para investigar as origens genéticas e ambientais de doenças e comportamentos.
O "TwinBank" (banco de gêmeos) já tem o suporte do serviço público de saúde, mas ainda busca recursos financeiros.
Os cientistas pretendem contatar 500 mil dos 640 mil pares de gêmeos estimados na Grã-Bretanha e recrutar 300 mil deles para o banco de dados, que permitirá comparar gêmeos idênticos e não idênticos em escala inédita.
"O banco de gêmeos é importante para discriminar qual é o papel da genética e do ambiente em determinadas doenças e comportamentos frequentes, como câncer, diabetes, autismo e asma, em que cada vez mais os genes estão sendo envolvidos", afirma Decio Brunoni, coordenador do Centro de Genética Médica da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
De acordo com Salmo Raskin, presidente da Sociedade Brasileira de Genética Clínica, os estudos com gêmeos estão sendo retomados após um intervalo graças aos avanços da genômica, "que permitem estudar o genoma quase completo das pessoas".
Para o médico, o projeto pretende reunir um grande número de participantes para tentar detectar variabilidades raras que são responsáveis por doenças frequentes -até hoje, o que se fez foi o oposto, diz ele.
Outras aplicações incluem investigações sobre epigenética, um fenômeno em que genes são ligados e desligados, e temas de caráter social, como paternidade, educação e os efeitos da pobreza.


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