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Nova técnica faz operação por uma única incisão no umbigo
DA REPORTAGEM LOCAL
A partir de hoje, os 20 maiores especialistas do mundo em
cirurgia robótica estarão em
São Paulo, em um simpósio internacional promovido pelo
hospital Albert Einstein e pelo
Florida Hospital - Global Robotics Institute, nos EUA.
No evento, três cirurgias com
o robô Da Vinci (leia infográfico
nesta página) serão transmitidas ao vivo. Entre as novidades
previstas, está a "single port access", uma nova técnica já
aprovada nos EUA por meio da
qual diversos tipos de cirurgia
robótica, de retirada do rim à
redução do estômago (cirurgia
bariátrica), são feitos por uma
única incisão -pelo umbigo.
Hoje, são necessários quatro
pequenos cortes, por onde passam os braços do robô. Além da
recuperação mais rápida, a nova técnica não deixa cicatriz.
Segundo o cirurgião Vladimir Schraibman, um dos coordenadores do simpósio, a previsão é que a técnica entre na prática cirúrgica do Einstein no
próximo ano.
"Além da parte estética, com
menos cortes, há também menos riscos de infecções e de baixa da imunidade do paciente.
Com uma cirurgia mais minimamente invasiva, você debilita menos o doente", explica.
Durante o simpósio, o Einstein vai apresentar uma cirurgia inovadora, a primeira no
Hemisfério Sul. É a gastroduodenopancreatectomia, indicada para pacientes com câncer
na "cabeça" do pâncreas e que
envolve a retirada de tecidos do
estômago, do duodeno e do
pâncreas. "O uso do robô nas cirurgias não tem mais regresso.
Ele agrega muita qualidade e
segurança", afirma o cirurgião
José Carlos Teixeira Júnior,
gerente do programa de cirurgia do Einstein.
Na ginecologia, o robô começa a ser utilizado em cirurgias
do útero, como as miomectomias (retiradas de miomas) e a
histerectomia (retirada do útero), e de endometriose grave.
Para o ginecologista Mariano
Tamura, a ausência de resposta
tátil do robô é compensada pela
visão tridimensional em alta
definição que o cirurgião tem.
"O cirurgião tem uma visão
melhor do que está sendo operado e os movimentos [do robô]
são mais precisos. Isso diminui
a fadiga [do médico]."
(CC)
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