Dede/France Presse

O bebê ao lado de outro recém-nascido na maternidade

FERNANDA BASSETTE
DA REPORTAGEM LOCAL

Uma mulher deu à luz um bebê de 8,7 kg e 62 cm em um hospital da Indonésia. A criança nasceu na segunda-feira depois de uma cesariana e teve que receber oxigênio, pois, a princípio, teve dificuldades para respirar. A mulher havia tido outros três filhos por parto normal.
Segundo o ginecologista Waldemir Rezende, coordenador da Faculdade de Medicina da Universidade Santo Amaro, é muito provável que a mãe seja diabética ou tenha desenvolvido diabetes na gravidez.
"Um bebê desse tamanho é reflexo de um pré-natal mal acompanhado. Durante a gravidez, a mulher com diabetes precisa controlar a alimentação para não prejudicar a criança", diz.
De acordo com o médico, o problema ocorre porque a mulher ingere muito açúcar, que fica preso na circulação e é diretamente transferido para o bebê -que se torna obeso ainda dentro do útero.
Rezende explicou que a criança terá que receber soro glicosado em paralelo à amamentação para ir "desmamando" aos poucos da dependência da glicose. Caso isso não seja feito, o bebê corre o risco de entrar em hipoglicemia (queda brusca do açúcar no sangue) e de sofrer morte cerebral.
Segundo Rezende, outra hipótese bem menos provável é que a criança tenha nascido com problemas no hormônio do crescimento (que causa gigantismo).
"É muito difícil que uma criança nasça com os traços do gigantismo. A tendência é que eles apareçam com o tempo. Além disso, nesses casos, a criança é assimétrica e o tamanho dos membros é desproporcional", explica.
Em média, bebês saudáveis nascem com peso entre 2,8 kg e 3,2 kg. Acima de quatro quilos, a criança já corre mais risco de tornar-se obesa e de desenvolver diabetes.


Texto Anterior: Refrigerantes: Justiça pede cancelamento de H2OH! e Aquarius Fresh
Índice