São Paulo, sexta-feira, 26 de junho de 2009

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ONCOLOGIA

Leucemia infantil pode ser tratada sem radioterapia

DA REPORTAGEM LOCAL

O tumor mais comum na infância, a leucemia linfoide aguda, pode ser curado sem radioterapia no crânio, utilizando apenas a quimioterapia. Esse é o resultado de uma pesquisa recém-publicada no "New England Journal of Medicine".
A radioterapia já foi adotada como tratamento padrão no passado tanto para combater o câncer como para evitar a volta do tumor. Mas ela traz sérios efeitos colaterais, como o aumento do risco de surgimento de outros tumores, além de causar déficit cognitivo, comprometimento do crescimento e desequilíbrios hormonais.
Pesquisadores do St. Jude Children's Research Hospital, nos Estados Unidos, acompanharam 498 pacientes durante sete anos e constataram que a quimioterapia elevou a taxa de cura nessas crianças para 90%, sem a necessidade de radioterapia.
Segundo os autores, regimes mais efetivos de quimioterapia, inclusive introduzindo as drogas diretamente no liquor, podem substituir o uso da radiação.

Brasil
"Isso já vem sendo feito no Brasil", afirma o oncologista pediátrico Sidnei Epelman, do Hospital Sírio-Libanês e presidente da Tucca, associação para crianças e adolescentes com câncer. "Hoje a maioria desses pacientes já não passa por radioterapia, pois temos critérios bem definidos para determinar quem precisa de radiação."
A tendência, segundo ele, é usar cada vez menos esse tratamento. Entre os fatores levados em conta para avaliar sua necessidade, estão a idade e o subtipo da doença. "Queremos curar sem deixar sequelas", diz Epelman.
A cada ano surgem cerca de 2.000 novos casos de leucemia linfoide aguda em crianças e adolescentes no Brasil, principalmente na faixa dos quatro aos 11 anos.


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