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ONCOLOGIA
Leucemia infantil pode ser tratada sem radioterapia
DA REPORTAGEM LOCAL
O tumor mais comum na
infância, a leucemia linfoide
aguda, pode ser curado sem
radioterapia no crânio, utilizando apenas a quimioterapia. Esse é o resultado de
uma pesquisa recém-publicada no "New England Journal of Medicine".
A radioterapia já foi adotada como tratamento padrão
no passado tanto para combater o câncer como para
evitar a volta do tumor. Mas
ela traz sérios efeitos colaterais, como o aumento do risco de surgimento de outros
tumores, além de causar déficit cognitivo, comprometimento do crescimento e desequilíbrios hormonais.
Pesquisadores do St. Jude
Children's Research Hospital, nos Estados Unidos,
acompanharam 498 pacientes durante sete anos e constataram que a quimioterapia
elevou a taxa de cura nessas
crianças para 90%, sem a necessidade de radioterapia.
Segundo os autores, regimes mais efetivos de quimioterapia, inclusive introduzindo as drogas diretamente
no liquor, podem substituir o
uso da radiação.
Brasil
"Isso já vem sendo feito no
Brasil", afirma o oncologista
pediátrico Sidnei Epelman,
do Hospital Sírio-Libanês e
presidente da Tucca, associação para crianças e adolescentes com câncer. "Hoje
a maioria desses pacientes já
não passa por radioterapia,
pois temos critérios bem definidos para determinar
quem precisa de radiação."
A tendência, segundo ele, é
usar cada vez menos esse tratamento. Entre os fatores levados em conta para avaliar
sua necessidade, estão a idade e o subtipo da doença.
"Queremos curar sem deixar
sequelas", diz Epelman.
A cada ano surgem cerca
de 2.000 novos casos de leucemia linfoide aguda em
crianças e adolescentes no
Brasil, principalmente na
faixa dos quatro aos 11 anos.
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