São Paulo, domingo, 26 de julho de 2009

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PLANTÃO MÉDICO

A audição do idoso

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Um idoso pode, às vezes, dar a impressão de estar alheio ao ambiente que o cerca, aparentando ter um quadro médico relacionado a problema mental.
Na realidade, com uma certa frequência os idosos não percebem estar com perda auditiva, como foi observado na pesquisa realizada pelas fonoaudiólogas Maria da Glória Canto de Sousa e Ieda Chaves Pacheco Russo, publicada na "Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia".
Essa diminuição da audição é observada na maioria dos idosos e, quanto maior a idade, maior a deficiência, além de a perda auditiva ocorrer mais em homens do que em mulheres, como foi observado na pesquisa.
O estudo foi realizado em Salvador, com idosos de 61 a 88 anos, participantes da Universidade Aberta à Terceira Idade, localizada no campus da Universidade do Estado da Bahia. Entre os idosos submetidos ao exame de acuidade auditiva, 37,5% apresentaram audição normal e 62,5%, perda auditiva.
As autoras explicam ser comum entre a população idosa a dificuldade de compreensão da fala, principalmente em locais com muito ruído. Essa deficiência auditiva produz um efeito negativo do ponto de vista social e emocional, interferindo na qualidade de vida do idoso e resultando em um dos distúrbios da comunicação dos mais incapacitantes.
Por esse motivo, Maria da Glória Canto de Sousa e Ieda Chaves Pacheco Russo destacam que a atuação do fonoaudiólogo com os idosos pode ajudar a minimizar a dificuldade de comunicação dessas pessoas por meio da reabilitação auditiva, proporcionando, dessa forma, maior integração com a sociedade.

julio@uol.com.br

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