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Fumo passivo mata 600 mil em um ano
Pesquisadores da OMS atribuem 1% dos óbitos em todo o mundo à fumaça "dos outros"
DE SÃO PAULO
Doenças cardíacas, respiratórias e câncer de pulmão
causados pelo fumo passivo
foram responsáveis por 1%
das mortes, o equivalente a
600 mil, só no ano de 2004.
Uma pesquisa da Organização Mundial da Saúde publicada hoje no jornal "Lancet" usou informações daquele ano (o último com os
dados necessários para o estudo) colhidas em 192 países
para chegar a tal conclusão.
O grupo mais exposto à fumaça é o das crianças. Das
165 mil mortes na infância
por causa do cigarro, a maioria foi em países de renda média ou baixa, na África e no
sudeste asiático.
"A mistura de doenças infecciosas com o fumo passivo
é mortal", afirmou Armando
Peruga, líder do estudo e gerente do programa antitabaco da OMS.
A pesquisa internacional
destaca também a alta mortalidade de mulheres por
causa do fumo passivo.
"A mulher fumante perde,
em média, 14 anos de vida, e
o homem, dez. Acredita-se
que a mulher que fuma perca
a proteção do estrógeno na
parede dos vasos", diz a cardiologista Jaqueline Scholz
Issa, diretora do programa de
tratamento de tabagismo do
InCor (Instituto do Coração).
De acordo com o trabalho
da OMS, leis que banem o cigarro de locais fechados podem reduzir os infartos causados pelo fumo passivo, responsáveis por dois terços das
mortes entre adultos.
"O monóxido de carbono
[aspirado pelo fumante passivo] agride as paredes das
artérias, fazendo com que esses vasos percam a capacidade de dilatação", diz Issa.
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