São Paulo, domingo, 27 de março de 2011

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OUTRO LADO

"Não somos exclusivistas nem temos pretensão de onipotência"

DE SÃO PAULO

Coordenadores de divulgação do AA, Hugo e Silvio dizem que o método não tem a pretensão da onipotência. "Se alguém pode ser internado, ir ao AA e fazer terapia, estará mais coberto. Não há concorrência, não somos exclusivistas", disse Hugo.
Para ele, os motivos que levam à desistência do tratamento são as características da própria doença.
Sobre o fato de muitos dos frequentadores terem outras doenças, Hugo diz: "Não somos profissionais da saúde para diagnosticar. Hoje o AA aceita que a pessoa tome antidepressivo. Há bebedores com outras doenças psiquiátricas. Se não pudermos resolver, passamos a bola."
De acordo com Hugo, não é preciso retorno para as falas. A pessoa é apoiada pelo grupo e se identifica com ele.
Em relação à crítica ao cunho religioso, Hugo diz: "Nossa experiência é comprovada e vem de correntes psicológicas, médicas e religiosas, sim, mas também há ateus, espíritas e umbandistas que frequentam o AA."
Um dos 12 passos fala de um ser superior, mas, segundo Hugo, cada um o interpreta como quiser. Para alguns, esse ser é o próprio AA.
Silvio afirma que o AA não é rígido. "Tentamos prevenir a recaída. Mas ela não nos surpreende. Ninguém é estigmatizado por isso."
À afirmação de Charlie Sheen, que disse que o AA é um culto, Hugo responde: "Há, sim, frequentadores fanáticos. Mas essa não é uma característica da entidade."


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