São Paulo, quarta-feira, 27 de julho de 2011

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Evitar filhos ainda é visto como tarefa feminina

SABINE RIGHETTI
DE SÃO PAULO

Um dos entraves à chegada da pílula masculina no mercado é a dificuldade de homens e mulheres aceitarem esse conceito.
A análise é de pesquisadores da sociologia da ciência, que estudam a relação da sociedade com o desenvolvimento científico.
A contracepção, dizem os cientistas, ainda é vista como uma "tarefa" feminina.
"Com isso, os homens acabam ficando fora da responsabilidade da contracepção", afirma a pesquisadora norte-americana Lisa Campo-Engelstein.
Ela escreveu um artigo recente chamado "Ciência, sociologia e a pílula do homem" na revista de divulgação "Science Progress".
No texto, que reacendeu o debate sobre o tema na academia, ela defende a pílula masculina.

LIBIDO
Quem é contra a pílula do homem argumenta que suas doses hormonais podem reduzir a libido --uma reclamação que também surge entre algumas usuárias de pílulas femininas.
Outra questão é que, na maioria das vezes, esses medicamentos reduzem ou modificam a produção do esperma, ideia que pode assustar alguns homens.
"Existem razões sociais para a pílula masculina ainda não estar no mercado. Mas a medicina conhece bastante o corpo da mulher, e os anticoncepcionais femininos já estão mais adiantados", pondera Maria Conceição da Costa, coordenadora do Pagu (Núcleo de Estudos de Gênero), da Unicamp.


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