São Paulo, domingo, 28 de março de 2010

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PLANTÃO MÉDICO

O cuidado com o cuidador

JULIO ABRAMCZYK
COLUNISTA DA FOLHA

Até há poucos anos, os cuidados com os idosos e incapacitados eram realizados por familiares, geralmente as mulheres da casa.
Com o aumento da população idosa e a inclusão das mulheres no mercado de trabalho, surgiram os cuidadores para substituí-las.
Na Espanha, referem Constanza Tobio e colaboradores da Universidade Carlos 3º de Madri, a família e, principalmente, as mulheres ainda são o principal apoio às pessoas que dependem de atenção e cuidados especiais (30%), o mesmo ocorrendo na Grécia e na Itália; na Dinamarca, o percentual é de apenas 4%.
Como tanto o cuidador como o familiar nem sempre são treinados para esse tipo de atividade, surgem problemas, alguns deles transformando-se até em caso de polícia por ato abusivo contra os idosos. Esse comportamento agressivo foi estudado por Gordon Mac Neil e colaboradores e publicado na revista "Gerontologist".
Eles verificaram que a presença de irritação exagerada em um cuidador, junto com depressão e ressentimento por sua responsabilidade, sugere que ele não está adequado para esta atividade.
Quando necessário, os autores recomendam reduzir a depressão do cuidador com altos níveis de irritação, para diminuir a possibilidade de comportamento prejudicial para os idosos.


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