São Paulo, sábado, 28 de maio de 2011 |
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Imunização contra HIV pode chegar até 2020, diz artigo DE SÃO PAULO Dois pesquisadores escrevem na última edição da revista "Nature" que, em dez anos, é possível desenvolver vacinas contra Aids, malária e tuberculose, doenças que matam 5 milhões de pessoas por ano no mundo. "Pela primeira vez na história, temos ferramentas e tecnologias que podem ajudar no avanço de novas vacinas", disse à Folha o pesquisador Rino Rappuoli, da Novartis Vacinas e Diagnósticos, de Siena, Itália. Rappuoli escreveu, com Alan Aderem, do Instituto Seattle de Pesquisa Biomédica, artigo sobre a perspectiva de criação das vacinas até 2020. Há muitos motivos para ceticismo a respeito desse objetivo. Os causadores dessas doenças resistiram às vacinas testadas até agora. O vírus da Aids não só ataca as células de defesa como vive em contínua mutação no organismo infectado. O plasmódio, parasita causador da malária, adquire novas formas quando está no corpo infectado. Isso impede a criação de vacina eficaz. A bactéria da tuberculose infecta os pulmões e vai para células de defesa, onde pode ficar latente por anos. Há uma vacina com quase um século de idade, a BCG, que não impede a infecção latente. E qual a razão do otimismo da dupla de pesquisadores? Resultados de testes mostram que as três vacinas são factíveis, embora seu desenvolvimento seja complexo. Contra o desafio, eles dão a receita: "biologia de sistemas e projeto de antígenos baseados em estrutura". Traduzindo: captar e integrar dados de pesquisas, incluindo sequências de material genético, produção de proteínas, variação genética entre indivíduos e populações de pessoas e de patógenos, entre outras coisas. E usar muita computação para analisar esses dados. "A promessa das vacinas transformarem a saúde global está tão brilhante como sempre", conclui a "Nature". Texto Anterior: Medo de vacina Próximo Texto: Foco: Feira de saúde em São Paulo lança ultrassom de bolso Índice | Comunicar Erros |
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