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Governo aumenta gastos com transplantes
Ministério anuncia investimentos em bancos de tecidos e qualificação profissional
DE BRASÍLIA
O Ministério da Saúde reajustou ontem os valores dos
procedimentos relacionados
a transplantes, ao custo
anual de R$ 30 milhões. O
objetivo é aumentar a captação de órgãos e tecidos.
Segundo Alberto Beltrame, secretário de atenção à
saúde, só 50% das mortes encefálicas são comunicadas
pelos médicos ao sistema nacional. A morte encefálica
abre brecha para um dos tipos de doação de órgãos.
A realização dos exames
que detectam essa condição
ainda é demorada. "Pretendemos aumentar o número
de notificações e mortes confirmadas", disse Beltrame,
no lançamento da campanha
anual de doação de órgãos.
Não é a primeira vez que o
valor dos procedimento aumenta. Em 2009, o valor da
diária da UTI do provável
doador foi reajustado.
Outras portarias relacionadas a transplantes foram
assinadas ontem, totalizando R$ 76 milhões. As medidas preveem ainda a qualificação de profissionais, a implantação de bancos de tecidos em dez Estados e 80 novos leitos para transplantes
de medula óssea.
Uma dos alvos da qualificação é o profissional de saúde que lida com a autorização das famílias de potenciais doadores -24% delas
dizem não à doação, segundo o secretário.
Com as medidas, o governo quer que o total de transplantes aumente entre 15% e
20%. Nos últimos sete anos,
o número de transplantes
cresceu 59,2%, chegando a
20.253 cirurgias em 2009.
A fila para o transplante
tem 60 mil pessoas hoje.
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