São Paulo, domingo, 28 de novembro de 2010

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PLANTÃO MÉDICO

JULIO ABRAMCZYK - julio@uol.com.br

Obstetras e ginecologistas protestam

DEPOIS DE amanhã, dia 30, existe a possibilidade de nenhum ginecologista ou obstetra atender suas pacientes, exceto as urgências.
Os médicos da Sogesp (Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo) decidiram que a terça-feira próxima será "Um dia por mais respeito".
Para a Sogesp, os honorários pagos aos médicos de São Paulo pelo sistema de saúde suplementar (convênios, autogestões e seguradoras) "são vergonhosos".
Há planos que pagam R$ 25 ou menos por uma consulta. O parto, em alguns planos, é remunerado em até R$ 200.
O cinegrafista que filma o nascimento do bebê e seu primeiro banho costuma cobrar três vezes mais.

O QUE RESTA
Pesquisa realizada pela APM (Associação Paulista de Medicina) mostra que, em relação ao pagamento de uma consulta por operadoras de planos de saúde, após pagar as despesas do consultório, sobram para o médico apenas R$ 6,50.
Mas para o consultório do ginecologista e obstetra, segundo a Sogesp, restam somente R$ 5.
O médico Desiré Callegari, secretário do Conselho Federal de Medicina, disse em entrevista à imprensa que o médico poderia se negar a trabalhar nesse tipo de sistema de saúde suplementar; entretanto, é o único que existe.


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