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Farmácia de bairro ainda vende sem receita
DE SÃO PAULO
"Trouxe a receita?" é a primeira pergunta dos balconistas das grandes redes de drogarias ao ouvirem o pedido
de um frasco de Amoxicilina
250 mg (antibiótico de amplo
espectro). Sem a nova receita
em duas vias, nada feito.
Já nos pequenos estabelecimentos, a reportagem conseguiu comprar os remédios
sem o pedido do médico.
Foram cinco as farmácias
visitadas ontem, todas na zona oeste de São Paulo. Duas
eram pequenas, de bairro.
Na primeira, o vendedor
entregou o frasco sem perguntar nada. Na segunda, a
balconista avisou: "A partir
da semana que vem, só com
receita. Hoje ainda estamos
vendendo. Depois, não sei
como vamos fazer".
NA REDE
Algumas farmácias que
vendem pela internet bloquearam a entrega de antibióticos na semana passada.
A televenda não é proibida
pela nova regra, mas vai ficar
mais difícil, diz a Anvisa.
"A farmácia tem de fiscalizar a receita, ficar com uma
via, entregar outra à pessoa e
só depois pode entregar o remédio. É difícil para a farmácia fazer todo o procedimento", afirma Marcia Gonçalves
Oliveira, coordenadora do
sistema de produtos controlados da Vigilância Sanitária.
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