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Universidade nos EUA veta laboratório
Instituição em Michigan proíbe financiamento de planos de educação médica continuada
Divulgação/Universidade de Michigan
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James Woolliscroft, professor de medicina em Michigan
DE SÃO PAULO
A Universidade de Michigan, uma das maiores dos
EUA, decidiu vetar o financiamento da indústria farmacêutica de programas de educação médica continuada, a
partir de 2011.
Propagandistas de laboratórios já eram proibidos de
circular nas dependências da
universidade e dos hospitais-escola. No Brasil, não há restrição nessas atividades.
Segundo James Woolliscroft, professor da faculdade
de medicina de Michigan e
responsável pelo setor de assuntos regulatórios, a decisão foi baseada em uma revisão da literatura médica sobre a influência da indústria.
"Os membros do corpo docente desejam uma educação livre, baseada nas melhores evidências científicas
e em uma visão equilibrada
do tema em discussão."
Hoje, a universidade recebe financiamentos da indústria na ordem de US$ 1 milhão para seus cursos de educação médica. Nos EUA, a estimativa é que a cifra chegue
a US$ 1 bilhão-quase metade das despesas totais dos
cursos de educação médica.
O debate sobre se os médicos devem ter um modelo de
educação livre da indústria é
delicado e tem sido alvo de
muitas discussões nos EUA.
Lá, a atualização médica é
uma exigência para a renovação do título de especialista. O médico acumula créditos a cada evento científico
de que participa e, de tempos
em tempos, presta conta.
Recentemente, o organismo de acreditação para o ensino médico informou que
não reconhecerá créditos
vindos de eventos patrocinados pela indústria.
(CC)
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