São Paulo, domingo, 31 de julho de 2011

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Diminuição do iodo no tempero é nova proposta de órgãos de saúde

DE SÃO PAULO

Outro componente do sal de cozinha está em discussão pelas autoridades de saúde. A Anvisa está propondo reduzir a quantidade do elemento químico iodo no sal para uma média de 15 a 45 mg de iodo a cada quilo do produto. A norma atual diz que o sal deve ter de 20 a 60 mg de iodo a cada quilo.
Deficiência de iodo é a causa mais comum de retardo mental capaz de ser prevenida. E a maneira internacionalmente usada para prevenir isso é adicionar pequenas quantidades de iodo no sal. Trata-se da mais simples e barata medida de saúde pública do planeta.
Além de reduzir o retardo mental e a surdo-mudez em crianças, o iodo evita o bócio (aumento do volume da glândula tireoide).
Mas, como o brasileiro é um voraz comedor de sal, algumas pessoas poderão estar ingerindo bem mais iodo do que o necessário. E, em vez de ajudar o funcionamento da tireoide, o excesso de iodo pode ser deletério.
Isso pode levar a casos de tireoidite de Hashimoto, doença autoimune caracterizada pela inflamação da tireoide. Seus sintomas são fadiga crônica e ganho de peso.
"O sal iodado tem interferência direta na tireoide, e a tireoide no coração", diz o médico Ricardo Pavanello, do Hospital do Coração. A tireoide hiperativa gera toxicidade que afeta o coração.
"Reduzir o iodo é uma boa ideia da Anvisa", diz o médico nutrólogo Celso Cukier, presidente da Sociedade Brasileira de Nutrição Clínica.
Uma opção para algumas pessoas é utilizar o chamado "sal light", com teor de sódio reduzido, no qual parte do cloreto de sódio é substituído por cloreto de potássio.
"Mas o sal light não vai resolver o problema populacional. É mais caro, tem menor disponibilidade e não resolve o problema de mudar o hábito como um todo", diz. (RBN)


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