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Outro lado

Há base científica para a prática, dizem médicos

DÉBORA MISMETTI
EDITORA-ASSISTENTE DE “CIÊNCIA+SAÚDE”

O número de estudos científicos levados em conta para elaborar a resolução publicada ontem pela Sociedade Brasileira de Geriatria é um dos principais alvos de críticas dos adeptos da medicina antienvelhecimento e dos especialistas em ortomolecular.

"Fazer um trabalho com só 164 referências bibliográficas num mundo que tem milhões de referências é um abuso à inteligência das pessoas. Se eu entrar na internet e quiser escolher 164 referências ruins sobre tratamentos geriátricos, vou encontrar também", afirma Efrain Olszewer, clínico-geral e um dos precursores da ortomolecular no país.

O mesmo ponto foi levantado por Edson Luiz Peracchi, presidente da Academia Brasileira de Medicina Antienvelhecimento. Ele lembra que, em 2010, o Conselho Federal de Medicina publicou normas para as práticas da ortomolecular, que incluem a prescrição de suplementos de vitaminas, minerais e hormônios em caso de deficiência.

"Esse assunto já foi discutido, a normalização científica já existe. Tentar negar a importância de suplementos de vitaminas e minerais chega ao absurdo."

Para ele, a publicação dessa resolução agora é "falta de assunto". "Isso é para gerar constrangimento ao exercício profissional, assustar médicos menos avisados. É uma forma de terrorismo mental."

Olszewer, especialista em ortomolecular, diz que a geriatria tem estado "estacionada" nos últimos anos e muitos profissionais passaram a praticar a ortomolecular. "Isso cria incômodo."

Segundo ele, no entanto, o rótulo "antienvelhecimento" não é adequado e acaba usado como chamariz. "O que existe é melhorar a qualidade de vida. O único tratamento antienvelhecimento que eu conheço é morrer jovem."

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