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Rio+20 Respiração e calçada geram energia limpa Inventos que serão apresentados durante palestras no Rio de Janeiro não dependem de esforço extra para funcionar Energia gerada durante ações do cotidiano já é suficiente para acender lâmpadas e carregar celulares ou MP3 DENISE MENCHENDO RIO A energia gerada limpando os pés em um capacho alimenta a campainha de casa. Uma máscara aproveita a respiração e gera energia para carregar um celular. O caminhar de pedestres contribui para a iluminação pública. Cada vez mais, mentes criativas se dedicam a bolar soluções como essas para fazer frente ao desafio de mudar a matriz energética do planeta. A ideia é aproveitar atividades cotidianas para gerar energia limpa. "Nós sempre nos vemos como problema. Eu tento nos ver como solução", diz o designer João Lammoglia, 27. Ele recebeu o prêmio Best Of The Best 2011 Design pelo projeto de uma máscara que aproveita a respiração humana para recarregar a bateria de celulares ou MP3. A energia é gerada a partir do calor da respiração e do movimento de miniturbinas eólicas acionadas pela passagem do ar. Ele reconhece que ainda falta aumentar a eficiência do gadget. O portfólio do designer inclui ainda um capacho que usa a energia da fricção dos pés para alimentar a campainha da porta e um tênis que tem na sola um conversor de energia cinética em elétrica. "Trabalho muito com o conceito de energia passiva, que não depende de nenhum esforço extra da pessoa para ser gerada", explica. É o mesmo princípio do projeto feito com bicicletas de spinning da empresa Levytation, de Alberto Levy, 40. Elas são adaptadas para gerar energia elétrica por indução magnética a partir do movimento de dois imãs. Radicado no México, o brasileiro acaba de introduzir a novidade em uma academia na capital do país. Em três anos, o plano é chegar a 50 unidades da mesma rede. "Por enquanto, é mais uma ação de marketing", diz Levy. O custo de adaptação de cada bicicleta é de cerca de US$ 1.500 (R$ 3.000), investimento recuperado só após alguns anos. Uma hora de pedaladas consegue manter uma lâmpada comum acesa pelo mesmo período. Outro projeto criado por Levy é o de bancos de praça equipados com pedais para gerar energia para celulares ou computadores. Cinco minutos pedalando garantem cerca de uma hora de carga. No México, a Toyota comprou a ideia e espalhou os móveis por praças e centros comerciais do país, para promover carros elétricos. Os Jogos Olímpicos de Londres neste ano serão vitrine para uma inovação desenvolvida por Laurence Kemball-Cook, 26. Ele criou um piso que converte em eletricidade a energia do movimento de quem passa sobre ele. A tecnologia, batizada de Pavegen, fica entre o Estádio Olímpico e um shopping próximo. Kemball-Cook e Lammoglia estarão entre os palestrantes do TEDxRio+20, que ocorre nos dias 11 e 12, no Forte de Copacabana, no Rio. O evento tem como tema central a capacidade humana de solucionar problemas do mundo contemporâneo. A programação pode ser vista em www.tedxrio20.com. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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