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Incêndio em base antártica teria ocorrido durante festa

Informação estaria em inquérito policial militar, afirma reportagem no "Estado"

DE SÃO PAULO

O incêndio que destruiu em fevereiro a Estação Comandante Ferraz, base brasileira na Antártida, aconteceu durante uma festa que reunia cientistas, militares e funcionários civis da instalação. Na comemoração, houve consumo de bebidas alcoólicas.

As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo" e constariam do inquérito policial militar que foi aberto para apurar como a tragédia se deu. Dois militares que tentaram combater as chamas, o sargento Roberto Lopes dos Santos e o suboficial Carlos Alberto Vieira Figueiredo, acabaram morrendo.

De acordo com o jornal, a suspeita dos responsáveis pelo inquérito é que o sistema de alarme de incêndios da estação científica teria sido desligado para a festa, porque o uso de gelo seco na pista de dança poderia disparar o aparelho. De fato, quando o incêndio começou, o alarme não disparou.

Em seus depoimentos, no entanto, os cientistas que estavam na base não souberam dizer se o desligamento dos sensores teria ocorrido ou não. Segundo o jornal, os cientistas alegam que a festa não teria atrapalhado a resposta ao risco de segurança -segundo eles, caso a comemoração não estivesse acontecendo, teriam sido pegos de surpresa em suas camas.

Até agora, as informações sobre a festa, que homenageava uma pesquisadora veterana, tinham sido mantidas em sigilo pelos cientistas. Segundo o "Estado", o inquérito policial militar também foi classificado como sigiloso em comunicado divulgado pela própria Marinha.

A Folha não conseguiu confirmar as informações com a Marinha até o fechamento desta edição.

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