São Paulo, domingo, 09 de janeiro de 2011

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CARTAS

Quite e em paz
Os artigos de quinta-feira de Clóvis Rossi ("Vergonha é não ter vergonha") e de Janio de Freitas ("Vencedores e vencidos") são uma prova inequívoca de que a grande imprensa -em especial a Folha- continua sendo a principal trincheira em defesa do esclarecimento, por parte do Estado, sobre os desaparecidos políticos durante a ditadura militar.
A manifestação pública do general José Elito Carvalho, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, além de extemporânea, soa como provocação à presidente Dilma Rousseff, vítima exemplar dessa mesma ditadura.
Urge que o Congresso Nacional aprove a lei encaminhada pelo governo Lula que cria a Comissão da Verdade, pois só assim a nação brasileira estará quite com as famílias dos desaparecidos políticos e em paz com sua consciência.
GERALDO TADEU SANTOS ALMEIDA (Itapeva, SP)

Passaportes
Meu pai foi presidente de uma empresa estatal. Eu, com 14 anos em 1963, jogava basquete. Um dia, a seleção brasileira de basquete, campeã mundial em 1962, faria um jogo em Recife, onde morávamos. Meu pai ganhou ingressos para assistir à partida. Quando soube, fiquei feliz, porque poderia ir ao jogo. Mas meu pai me disse: "Você vai comprar ingressos na bilheteria, como qualquer um."
Entrei na fila, comprei os ingressos e vi meus ídolos de perto.
Com meu pai na arquibancada, nos divertimos muito. Os ingressos especiais foram devolvidos.
O nosso ex-presidente, que dizia defender a moralidade quando era candidato, mais uma vez atropela a dignidade do cargo que exerceu, ajudado por outros não menos equivocados no trato da coisa pública. É uma pena.
NEWTON VASNIEWSKI RIBEIRO (Curitiba, PR)

Amém
Chamou-me a atenção a coincidência de temas de dois artigos publicados na terça-feira passada na página A2 desta Folha.
Em "A vontade de Deus", Hélio Schwartsman se apoia em pesquisa da Universidade de Chicago para concluir que "ninguém precisa fazer muita força para estar ao lado de Deus".
Já Carlos Heitor Cony, em "A esquina e o compasso", se apoia no sambódromo para dizer que falta à grande escola de samba que é a humanidade um mestre de bateria eficiente. E conclui dizendo que "nosso Mestre deu-nos o livre-arbítrio para errar o passo e o compasso e dobrar as esquinas erradas".
Moral da história: quando articulistas começam o ano falando de Deus, é sinal de que tudo ainda está dentro da normalidade.
Amém.
CIRILO BRAGA (São Carlos, SP)


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