São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2011

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FINA

o fator BB

por PAULO VINICIUS COELHO

Só se fala em Barbara Berlusconi
nas arquibancadas e nas casas de família

Durou pouco mais do que um período de gestação: há um ano, o jogador Alexandre Pato pôs fim ao casamento de nove meses e 13 dias com a atriz Sthephany Brito, ex-Chiquitita. A fila andou. E este ano, para surpresa geral, parou em Barbara Berlusconi, a filha do homem –o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi. O megaempresário é também o dono do time de Pato, o Milan. Além de protagonista do maior escândalo sexual desde a Roma Antiga. À vontade com o sogrão a ponto de prometer abstinência de sexo durante a reta final do Campeonato Italiano (liderado pelo Milan), Pato contundiu-se no dia seguinte, em 16 de abril. Neste momento, trata-se de um Pato manco e sem finais. Barbara agradece.   
Barbara Berlusconi acaba de sair de seu primeiro casamento com o banqueiro Giogio Valacuzza, com quem teve dois filhos, Edoardo e Alessandro. Segue os passos do pai, que entre outras empresas é dono da emissora de TV MediaSet e do grupo financeiro Fininvest –do qual ela é executiva desde os 19 anos. Há dez meses, trabalha como colaboradora da diretoria do Milan. Assistiu a todos os jogos da temporada 2011/12.
Barbara e Pato conheceram-se numa festa na casa de amigos. Em abril, uma sequência de fotos flagrou o casal trocando carícias, e expôs o processo de separação de Giorgio Valacuzza. Pato tem 21 anos; Barbara, 27. Quando ela nasceu, Silvio Berlusconi ainda não era tão rico e poderoso –mas, dono do Fininvest, já negociava a compra de um clube de futebol. No caso, a Internazionale, rival do Milan.
Hoje, em razão das relações extra-conjugais com prostitutas, o pai está assolado pelo escândalo que paralisa seu governo. Pode ser julgado e condenado por envolvimento com uma menor de idade. Foi a mãe de Barbara, Veronica Lario, que em dezembro de 2009 primeiro revelou detalhes sobre a frenética vida sexual do marido. O primeiro-ministro virou alvo de feministas mundo afora. "Tenho minha maneira de pensar, que muitas vezes está em desacordo com a vida privada de meu pai", já declarou Barbara, que tem quatro irmãos. "Mas isso não me faz amá-lo menos."
Em um campo não menos espinhoso, porque igualmente machista, Barbara tem ganhado cada vez mais espaço –o futebol. E não estamos falando de Pato, mas de sua aparente preparação para, um dia, dirigir o clube da família. No Brasil, apenas duas mulheres –Marlene Matheus (Corinthians) e Patrícia Amorim (Flamengo)–arvoraram-se em cartolas. Na Itália, Rosella Sensi foi presidente da Roma. Assumiu o posto depois da morte de Franco Sensi, seu pai.
Barbara entrou no corpo diretivo do Milan em agosto. Trabalha lado a lado com Adriano Galiani. Por enquanto, não tem poder de decisão, mas já produz comentários de que será a futura dirigente-máxima do clube sete vezes campeão da Europa. No aniversário de 25 anos da compra do Milan por seu pai, foi perguntada se pretende trabalhar para que o time complete 50 sob o comando de sua família. "Não pretendemos abrir mão do clube", respondeu. "Julgamos que ele tem uma influência enorme no país, do ponto de vista cultural, social, mais até do que esportivo."
 Enquanto Barbara se prepara para assumir o comando do Milan, Pato que se prepare para andar na linha.

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