TESTE DE DNA

Quatro mulheres e um mesmo sobrenome: De Goeye

por ANA RIBEIRO

BANANA, ASPIRINA E SECADOR

A balança na família de Goeye pende inapelavelmente para o lado feminino. Dos quatro filhos de Yvonne, apenas um é menino. Tanto assim que Kiko, 28, e o pai deles, Alfredo de Goeye, 59, empresário do ramo do comércio exterior, preferiram deixar que as mulheres falassem por todos

Fernanda, 33, estilista, sócia da Raia de Goeye
Em que situação a companhia da sua mãe é indispensável? Quando preciso de tranquilidade. E quando o assunto é arquitetura de interiores: ela é a melhor pessoa que conheço para criar ambientes.

O que você diz se quer provocá-la de propósito?
Que a casa dela está sendo mal administrada.

Quando você a provoca sem querer?
Quando estranho ou questiono o que ela está vestindo.

Que conselho você ouviu dela e seguiu?
Procure sempre harmonizar o convívio ao seu redor.

O que você aprendeu com a sua mãe só de observá-la?
A prestar atenção nos detalhes. E o exercício do bom humor na hora de lidar com a família.

Qual foi a última vez que você pensou: "eu quero a minha mãe!!!"?
Todos os dias nesse último mês em que meu pai esteve no hospital.

Renata, 29, estilista, sócia da GRIFE Erre
Quando é uma delícia estar com a sua mãe?
Em viagens... ela não para um segundo.

O que você diz se quer provocá-la?
Faço qualquer comentário sobre o Kiko, meu irmão. Ela fica uma fera. Quando você a provoca sem querer? Quando vou sair à noite de carro.

Quando você adora ouvir a opinião dela?
Quando o assunto é muuuito importante, porque, na maioria das vezes, ela não presta atenção... Meu pai é um excelente conselheiro (precisava falar alguma coisa dele!)

Que conselho útil sua mãe te deu?
Ter disciplina e não desistir. Um dia vou aprender a não discutir quando os nervos estão à flor da pele e a esperar a poeira baixar para falar o que penso.

O que você quer fazer igual a ela?
Ter quatro filhos e educar sem regras e sem frescura. O que não quero fazer é esquecer de buscá-los nas atividades vespertinas e só se dar conta disso três horas depois, quando vir um lugar sem dono na mesa de jantar.

Yvonne de Goeye, 57, dona da loja de decoração Pateo Capannema
Os assuntos femininos predominam?
Sem dúvida. O que mais rola é a "conversa patchwork": todo mundo fala ao mesmo tempo, cada uma do seu assunto. Mas no fim a gente se entende.

Quem começou mais cedo a se interessar por suas roupas?
A Fê pegou um blazer meu e usou como vestido, dobrava o cós dos meus jeans para usar com cintura baixa. A Rê gostava mais dos acessórios.

O que você fez questão de que elas aprendessem bem cedo? 
A acreditar nelas mesmas.

Quando você faz questão da companhia delas? Quando estou triste ou muito feliz. E em viagens.

Se vocês fossem para uma ilha deserta, como seria a divisão de tarefas?
Eu arrumaria uma cabana e a deixaria bem gostosa. A Claudinha iria procurar a comida. Rê e eu cozinha-ríamos e organizaríamos o funcionamento da cabana. Enquanto isso, a Fernanda iria arrumar o seu "armário".

Claudia de Goeye, 25 anos, empresária, sócia da ERrE
Quando a companhia da sua mãe é indispensável?
Toda noite, para ver a novela e dar risada!

O que você faz para provocá-la?
É só se fazer de vítima, ela se irrita muito com gente que só reclama e se acha injustiçado. Ah! E criticar meu irmão... Ela o defende com unhas e dentes.

Sobre que assunto a opinião de sua mãe é imbatível? Relacionamentos amorosos. Às vezes, acho que sou muito dura e tenho uma cabeça um pouco masculina. Ela é o oposto.

Que bom conselho sua mãe te deu?
Que os melhores remédios para TUDO são: banana, aspirina e secador quente.

O que você aprendeu com a sua mãe só de observá-la?
Jogo de cintura para lidar com pessoas diferentes, de personalidades diversas. Ela sempre tratou cada filho da sua maneira.

No que você não quer repetir sua mãe?
Ela coloca panos quentes em tudo. A gente a chama de "Alice no País das Maravilhas": quando há problemas, ela finge que nada está acontecendo.