São Paulo, domingo, 30 de Outubro de 2011

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POP UP

Meio folk, meio rock, meio country

Isabelle Moreira Lima

a cantora americana Alela Diane montou uma banda com os dois homens mais importantes de sua vida: seu pai e seu marido

Sabe a Família Dó Ré Mi? Pois essa é uma versão indie. A chefe de família é a filha, Alela Diane, 28, que canta e compõe músicas, com uma pegada meio folk, meio rock, meio country, e letras sobre o amor, o tempo e personagens estranhos.

O pai e o marido tocam guitarra e ajudam a escrever versos como "Morte é um ato difícil de seguir". A banda se chama Wild Divine, divino selvagem, e acaba de nascer.

Alela está na estrada há cinco anos, tem três discos e o último, que leva o nome da nova banda e será lançado no Brasil em janeiro pelo selo LAB 344, marca o início da formação musical-familiar.

"É bom ter uma rede sólida longe de casa. Nós podemos contar uns com os outros", diz, sobre Tom Bevitori, o marido, e Tom Menig, o pai.

Mas a música é a personagem mais importante dessa trama. Alela tem voz forte de diva setentista e, apesar dos trechos sombrios de algumas composições, uma presença solar.

Nascida em Nevada City, cidade mineira do norte da Califórnia, cresceu em um ambiente musical -a mãe também é cantora-, e aos 19 mudou-se para San Francisco, onde aprendeu a tocar violão.

Dois anos depois, escreveu as canções que compõem seu álbum de estreia, "The Pirate's Gospel" (2006), considerado cheio de "coração, alma e originalidade" pela publicação inglesa "New Musical Express".

Naquela época, era vista como parte de um "revival" do movimento folk psicodélico, do qual faz parte a harpista e cantora -e também conterrânea e amiga- Joanna Newsom.

De lá para cá, Alela ficou menos hippie e mais roqueira, sem abandonar as referências de Joni Mitchell, Neil Young e do grupo inglês Fairport Convention.

Depois do casamento, no ano passado, a parceria com o marido chegou às composições. "Ele ficava perto quando eu estava compondo e acabamos trabalhando juntos, pois somos músicos. Gosto do resultado porque temos jeitos muito diferentes de trabalhar."

No ano passado, outra mudança. Alela começou a trabalhar com o produtor Scott Litt (R.E.M., The Replacements, Patti Smith), que remodelou e batizou o Wild Divine e que assina o seu terceiro álbum.

A voz de Alela, dura e delicada ao mesmo tempo, lança um feitiço silencioso em quem a ouve. Em 2012, o feitiço há de cair no Brasil também.


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