São Paulo, domingo, 28 de março de 2010

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TERETETÉ

Tina Fey, mais do que um pastiche de Sarah Palin

por TETÉ RIBEIRO, em Nova York

CHIQUE É SER TINA FEY

A atriz que fez fama com sua imitação de Sarah Palin –a ex-candidata republicana a vice-presidente dos EUA– fala de filhos, moda e de seu passado nada glamuroso

A estrela e criadora da série "30 Rock" precisou chegar às vésperas do aniversário de 40 anos, que completa em 18 de maio, para conseguir viver a mocinha de uma comédia romântica de Hollywood. É o que acontece no filme "Uma Noite Fora de Série", em que ela e o ator Steve Carell ("O Virgem de 40 Anos") encarnam um casal exausto que se obriga a ter uma noite a dois por semana para manter o romance vivo. O filme estreia no Brasil dia 9 de abril.

Toda vez que você dá entrevistas sobre "30 Rock" diz que não tem tempo para mais nada. Mas esse é o terceiro ano em que, em vez de tirar férias, você aproveita para fazer um longa-metragem.
(Risos) É, eu sei, é patético. Pela primeira vez na minha vida profissional recebo convites para atuar em longas-metragens escritos por outra pessoa. Para mim é melhor que férias. Eu sempre tive que criar meus personagens para poder atuar. Quando um roteiro bom cai na minha mão, prontinho, é irresistível.

Quer dizer que você trocaria a sua carreira pela de Julia Roberts?
Julia Roberts é covardia. Linda, rica, talentosa e trabalha bem pouco. Quem não trocaria?

Eu diria você, se me perguntassem… Então pode dizer, vamos com essa resposta, é bem melhor do que a minha.

O título desse filme em inglês é "Date Night", que significa uma noite em que um casal sai como se ainda fosse namorado. Por que inventar mais um compromisso, por que não fazer o dia a dia ser mais romântico?
É coisa de americano, a gente tem um pouco essa mania mesmo. Temos que criar situações, botar um rótulo nelas e depois fazer a tabulação para comparar o nível de felicidade. Não sei como é no Brasil, mas tenho a impressão de que os casais na Europa fazem o que querem e os filhos se adaptam à vida dos adultos. Eles saem pra jantar às 22h e levam as crianças junto. A gente vive em função dos filhos, assim que nasce o primeiro a vida acontece em função da criança. Os pais vivem de sobras.

Faz sua vida social em função de sua filha?
Que vida social? Eu só trabalho o tempo inteiro. Mas levo todos os roteiristas do programa para escrever na minha casa, para poder ficar com ela. E trabalho com o meu marido, que é músico e faz as trilhas do seriado. Senão, não veria nem uma nem outro.

Você e Steve Carell, seu marido no filme, começaram no mesmo lugar, o grupo de comédia de Chicago "Second City". Já tinham trabalhado juntos?
Não. A gente fez parte do "Second City" ao mesmo tempo, mas ele estava em uma turma mais adiantada. Ele já era uma grande promessa e eu era a gordinha ambiciosa em quem ninguém apostava.

Duvido.
Eu era enorme, emagreci dez quilos quando decidi que iria aparecer no "Saturday Night Live". Fui contratada para ficar no bastidor, escrevendo, mas sabia que o mais divertido eram as gravações. Fiz dieta para aparecer na TV. Me dá um pouco de vergonha assumir isso.

E foi parar na capa da Vogue e está sempre na lista das mais bem vestidas em todos os prêmios a que vai, e que, por sinal, não para de ganhar...
Tudo com roupa emprestada. O que eu estou vestindo para esta entrevista também é emprestado, não sei nem andar de salto direito. Não ligo para roupa, eu me visto de qualquer jeito, com a primeira coisa que vejo. É uma das vantagens de ser considerada inteligente.

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