Termina no próximo dia 3 de agosto o prazo para as inscrições no prêmio "Empreendedor Social do Ano", promovido pela Fundação Schwab -criada pelo mesmo idealizador do Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. A entidade inaugura neste ano um novo processo seletivo que, no Brasil, será realizado em parceria exclusiva com a Folha. O concurso acontece simultaneamente em 24 países e elegerá o empreendedor que mais se destacou na área social em cada um deles. Os vencedores conquistam o direito de participar como convidados da próxima edição do Fórum Econômico Mundial e passam a ter acesso à Cúpula de Empreendedores Sociais, que reúne líderes de todo o mundo apoiados pela Fundação Schwab. As inscrições devem ser feitas apenas pela internet, no site www.folha.com.br/051821.
 
Entrevista
Em janeiro de 2003, o escritor Paulo Coelho abordou o presidente Lula durante o Fórum Econômico Mundial para apresentá-lo a um grupo de empreendedores sociais brasileiros. Essa é uma das atividades a que um dos autores brasileiros de maior vendagem vem se dedicando desde que ingressou no time de conselheiros da Fundação Schwab. Leia abaixo a entrevista que o escritor deu à Folha:
 
Folha - Como e quando surgiu seu envolvimento com o conselho da Fundação Schwab?
Paulo Coelho - O convite partiu de Klaus e Hilde Schwab [criadores da fundação]. Me procuram quando eu estava na Irlanda, rodando um documentário para a TV. Vi o projeto e achei que era de suma importância. É uma forma de fazer responsabilidade social, mas por um caminho independente. Imediatamente, eu aceitei o convite para integrar a diretoria.

Folha - Em que aspectos você se identifica com o trabalho desenvolvido pela fundação?
Paulo Coelho - Quando tivemos nossa primeira reunião, em Genebra, tive o orgulho de saber que entre os 40 empreendedores sociais selecionados no mundo inteiro estavam seis brasileiros. Vi que ali estava a semente de uma verdadeira mudança na estrutura da economia e da sociedade.

Folha - Você já teve a experiência de atuar como empreendedor social? Conhece projetos sociais de destaque no Brasil ou em outros países?
Paulo Coelho - Nunca atuei como empreendedor social, mas estou sempre em contato com esses heróis anônimos. São pessoas que, com idéias criativas e revolucionárias, estão tentando -e conseguindo- fazer deste mundo um lugar melhor.

Folha - Você acha que sua trajetória pode contribuir para o trabalho da Fundação Schwab?
Paulo Coelho - Penso que toda a diretoria da fundação está consciente da importância de dar mais visibilidade ao projeto, e estamos trabalhando nesse sentido.Luanda Nera


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