São Paulo, terça-feira, 26 de julho de 2005

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cartas

Doutores desempregados
De um país de oportunidades, estamos passando para o país das contradições. A mais paradoxal delas foi cruelmente estampada pelo Sinapse na matéria "A idade da razão" (edição de junho). Como pode avançar a formação em nível superior de nossos jovens se seus próprios docentes têm baixa titulação e pouca experiência em pesquisa? Como pode ser socioeconomicamente independente uma nação que não dispõe de pesquisadores para o seu desenvolvimento tecnológico?
Oscar Hipólito, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação da Unicid, São Paulo (SP)

Desde o ano passado, a Folha vem apurando matérias sobre a situação dos doutores que não têm emprego ou que estão sendo substituídos pelos mestres nas universidades. Faltou dizer que a situação está bem mais complicada para quem precisa de um mestrado ou doutorado para continuar trabalhando e que é de uma área onde a pesquisa chega a ser quase irrelevante, como é o caso do jornalismo.
Silvia M. Rosa, professora e jornalista, São Paulo (SP)

Polivalência
É ingenuidade acreditar que um professor, mesmo que "hábil", seja capaz de contemplar de maneira satisfatória várias ciências ("Um por todos", edição de junho). Aos que pensam no "trauma" dos alunos com as mudanças na 5ª série, pergunto: será que o desafio não é um antídoto para a mediocridade?
Kelly Broliani, estudante, Curitiba (PR)

Anos 80
Quantas lembranças pude desfrutar ao fazer o teste do Sinapse ("De volta aos anos 80", edição de junho). Os pesquisadores esqueceram da propaganda das balas Juquinha: havia uma, sim, com um jingle marcante. Será que eles precisam tomar Fosfosol?
Márcio R. Rosa, funcionário público, São Paulo (SP)

Vítimas na escola
Com a preocupação de prevenir dificuldades de aprendizagem, tenho estudado vários assuntos, dentre eles o "bullying" ("A forma escolar da tortura, edição de maio). Fico feliz ao ver esse assunto sendo tratado, pois cada vez mais temos de conseguir novos instrumentos de trabalho para auxiliar as crianças e seus pais.
Rosemeire Laviano, professora, São Paulo (SP)

O sadismo nada mais é do que um instinto que não foi educado na infância, na família, de onde vem a primeira educação. Seria interessante promover dinâmicas visando a interação entre "bulidores" e "bulidos", para estimular que eles se questionem e percebam o que é estar no lugar do outro.
Aline Froés, comerciante, São José dos Campos (SP)

Fui vítima de "bullying" em uma escola onde era a única negra da classe. Hoje, aos 35 anos, superei razoavelmente essa experiência negativa da infância. Quanto tempo levará até que essas práticas desapareçam?
Erika Eliza S. Dias, aeroportuária, Guarulhos (SP)


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