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Público quer tela grande, afirmam fabricantes

Nos EUA e no Reino Unido, usuários gostariam de ter aparelhos maiores

"As pessoas querem ver filmes, navegar na web. Não dá para fazer isso com uma telinha", diz diretor-geral da HTC América Latina UPA

LEONARDO LUÍS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Dois Galaxy Note deitados em linha na horizontal formam a largura aproximada de uma página da Folha.

O smartphone da Samsung tem uma tela de 5,3 polegadas. É a maior do mercado brasileiro, mas não está tão isolada no topo.

A tela do HTC Ultimate tem 4,7 polegadas. A do Motorola Razr, 4,3. São tamanhos próximos dos de alguns tablets de pequeno porte, como o Galaxy Tab 7, da Samsung. A tendência do início da década passada, de celulares cada vez menores, inverteu-se.

"Antigamente os telefones eram mais limitados. Era natural que as pessoas quisessem coisas mais compactas. Com os smartphones, as pessoas querem ver filmes, navegar na web, ter aplicativos. Não dá para fazer isso com uma telinha pequena", diz Fábio Castanheira, diretor-geral da HTC América Latina.

Se a onda das telas de mais de quatro polegadas é recente, é porque só agora a evolução tecnológica permitiu a introdução de telas maiores com qualidade, segundo Roberto Soboll, diretor de produtos da Samsung Brasil.

"Hoje, há um processamento robusto para oferecer uma experiência de jogos e vídeos excelente. O ecossistema, como um todo, evoluiu, e a demanda do consumidor foi junto."

As vendas do Galaxy Note no Brasil, segundo Soboll, têm crescimento inicial semelhante aos do Galaxy S e do Galaxy S 2. Ele afirma que "existe uma demanda dos consumidores pela fusão de tablets e smartphones".

Castanheira diz que a vantagem de um smartphone como o HTC Ultimate é poder "canibalizar grande parte do uso de um tablet".

CONVERGÊNCIA

Nos Estados Unidos e no Reino Unido, uma pesquisa da Strategy Analytics publicada em março deste ano constatou que quase 90% dos donos de smartphones gostariam de ter aparelhos maiores do que os seus atuais.

Paul Brown, diretor de experiência do usuário na Strategy Analytics e autor da pesquisa, ressalta que há uma barreira à tendência de aumento das telas.

"Usuários de smartphones, em geral, não querem algo que fique muito apertado no bolso da calça deles -ou na bolsa, no caso das mulheres. Mas também encontramos usuários que abandonariam seus smartphones caso seus tablets pudessem fazer ligações e mandar SMS."

Pessoas que já têm smartphones, segundo a pesquisa, querem telas de tamanho entre 4 e 4,5 polegadas. Quem ainda não tem smartphone está interessado em aparelhos com telas que medem entre 3,2 e 3,8 polegadas.

"Já é uma realidade: muita gente não consegue mais ter uma tela menor. Quando as pessoas se acostumam com as vantagens de uma tela maior, é difícil voltar para uma tela pequena", afirma Castanheira.

Segundo Soboll, a nova tendência demanda, durante o desenvolvimento, a chamada "mágica de acertar os parâmetros".

"Para uma tela grande, preciso de um bom processador. Mas, ao mesmo tempo, não posso acabar com a bateria. Depois, vêm fatores como peso, espessura e portabilidade", diz ele.

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