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'Diablo 3' é ótimo, mas tropeça ao depender demais da internet

Épico e bem adaptado ao português, RPG de ação falha ao forçar o jogador a estar sempre conectado à rede

Fotos Divulgação
Diablo 3
Diablo 3

THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Após 12 longos anos de hiato, "Diablo" está de volta ao PC. A terceira versão do jogo alia a mecânica de RPG de ação que consagrou a saga no passado aos recursos atuais da tecnologia. O resultado é um game épico, bem adaptado ao português, mas que tropeça justamente em uma de suas maiores inovações.

É que "Diablo 3" só funciona em conexão permanente com a internet, mesmo se o jogador quiser se divertir sozinho. Na prática, a experiência passa a depender da manutenção dos servidores da produtora Blizzard e da estabilidade e da velocidade da conexão do usuário.

Desde o lançamento, as mensagens de erro têm sido frequentes. Os problemas foram tantos que a Blizzard divulgou na última quinta-feira uma carta em que pediu desculpas aos usuários.

"Nós sinceramente sentimos muito que sua cruzada para tombar o Senhor do Terror [o vilão de 'Diablo 3'] tenha sido comprometida, não por demônios e lacaios do mal, mas por uma infraestrutura frágil e mortal",escreveu a produtora.

"Nossos preparativos para o lançamento do jogo não foram suficientemente elevados", completou.

Essa exigência de conexão permanente à internet tem seus motivos: desde evitar a pirataria até sincronizar o progresso dos jogadores, facilitando o modo multijogador cooperativo. Porém, tendência ou não, a medida deixa nas mãos da Blizzard -e não nas do jogador- a decisão de jogar.

Fora isso, "Diablo 3" é um espetáculo: tudo o que se poderia esperar da sequência está lá. O mote do jogo é simples: combater o mal que assola o mundo de Santuário. Para isso, o jogador tem à disposição cinco classes de personagens, do bárbaro ao feiticeiro, e uma infinidade de itens, armas e armaduras.

A mais notável novidade, ao menos para os brasileiros, é a dublagem em português, que ficou excelente e permite acompanhar todos os detalhes da história.

Há também a Casa de Leilões, um serviço em que jogadores podem comprar e vender os itens virtuais do game.

É uma medida da Blizzard para impedir o mercado paralelo desses itens, que costuma surgir em sites de leilões. Por tabela, a empresa abocanha uma boa comissão (15%) em cada transação entre os jogadores.

Ao menos no Brasil, o lucro obtido pelos jogadores na Casa de Leilões só pode ser usado para adquirir outros produtos da empresa. Nos EUA, já é possível transferir as quantias arrecadadas a contas bancárias, por meio de sites como o PayPal.

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