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Projeto de console levanta US$ 4 milhões

Ouya custará US$ 99 e rodará jogos baseados em Android; títulos para a plataforma precisarão ter conteúdo grátis

Aparelho conquistou apoio de pessoas célebres, como os criadores de 'Prince of Persia' e 'Minecraft'

THÉO AZEVEDO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Ouya é a nossa carta de amor para os jogadores."

Dessa forma Julie Uhrman, uma veterana da indústria de jogos, define o inovador console que, por módicos US$ 99, promete rodar jogos baseados na plataforma Android. Todos baixados da internet.

Por enquanto, a máquina é apenas uma proposta, mas uma proposta que, até a conclusão desta edição, já arrecadara mais de US$ 4 milhões no Kickstarter, site no qual pessoas comuns apoiam projetos criativos -para ter uma ideia, a meta inicial era conseguir US$ 950 mil.

Para Uhrman, que já passou por empresas como Vivendi Universal e GameFly e hoje encabeça o Ouya, o sistema vai beneficiar a indústria de games como um todo. "Diante dos altos custos para ter acesso aos jogos de console, as pessoas estão se afastando da TV e optando por se divertir em seus dispositivos móveis", diz.

O Ouya pretende se lançar como uma alternativa mais barata para os jogadores, já que qualquer game lançado para a plataforma deve oferecer algum conteúdo grátis.

Para os produtores de jogos, criar para o Ouya também vai custar muito pouco, uma vez que cada aparelho incluirá o software de desenvolvimento.

Mesmo antes de chegar ao mercado, o aparelho já conquistou o apoio de algumas pessoas célebres, como Jordan Mechner, mente por trás de "Prince of Persia", que diz: "Quem não ia querer uma bela peça de design industrial por US$ 99, plugá-la na TV e ter acesso a um enorme acervo de games?".

Já para Markus "Notch" Persson, o criador de "Minecraft", "se o Ouya cumprir a promessa de proporcionar aos desenvolvedores independentes acesso à sala de estar dos jogadores, então será uma grande ideia".

Por meio da página no Kickstarter, a equipe por trás do console faz questão de deixar claro que o Ouya tem apelo até mesmo para quem tem PlayStation 3 ou Xbox 360.

Um dos integrantes do time é Yves Behar, designer de projetos como o Jambox e o Um Laptop por Criança. A ideia é garantir um layout elegante para o aparelho e também para o joystick.

O controle, aliás, tem direcional digital, alavancas analógicas, gatilhos e superfície sensível ao toque.

Uma das "inovações" mais inusitadas do Ouya é que se trata de uma plataforma aberta aos hackers. Isso mesmo: quem modificar o hardware não vai perder a garantia e, como há entradas USB e Bluetooth, será possível até mesmo criar periféricos.

A própria equipe por trás do Ouya faz um convite aos hackers: "surpreenda-nos".

Resta agora saber se o Ouya será capaz de surpreender a indústria dos consoles, dominada por gigantes como Sony, Microsoft e Nintendo e por títulos arrasa-quarteirões como "Call of Duty".

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