São Paulo, quarta-feira, 01 de setembro de 2010 |
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"Rede é arquivo da humanidade", diz pesquisadora COLABORAÇÃO PARA A FOLHA Leia a seguir trechos das entrevistas que Rita Amaral e Jonatas Dornelles concederam à Folha. (DBN)
Folha - Fazendo um exercício de prestidigitação, como um pesquisador do futuro poderá utilizar o nosso conteúdo digital produzido hoje? Jonatas Dornelles - Tudo indica que os pesquisadores do futuro serão ainda mais especialistas e focados em profundidade em áreas restritas do conhecimento. Eles terão em suas mãos uma ferramenta já em um estágio muito avançado de seu desenvolvimento: a informação automática. Há alguns anos uma informação tinha um "tempo de acesso" bem maior que hoje em dia. Como vocês veem a iniciativa da Biblioteca do Congresso dos EUA de guardar tuítes e sites? Rita Amaral - Mais importante que as bibliotecas e os museus é que a rede toda é um arquivo da humanidade, que decide isso sem a interferência de grupos econômicos, ideológicos, religiosos. Isso é útil porque favorece a percepção crítica. Há valor cultural ou histórico nos milhões de blog, tuítes e horas de vídeos caseiros espalhados pela rede? Amaral - Representa um gigantesco espelho de nossas capacidades, nossa diversidade, nosso ambíguo potencial. É possível fazer bricolagem, aprender tai-chi-chuan, fazer guerra, comédia, arte. Empresas como Google e Microsoft estão investindo pesado na organização desse "caos", considerado uma mina de ouro. Dornelles - A importância é que quem criou essa mídia foram pessoas comuns. Significa que cada um de nós, em tese, possui hoje o poder de criação de conteúdo, assim como sua vinculação para o resto do mundo. Em um segundo momento ocorrerá a seleção desse conteúdo. Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Índios registram em vídeo seus rituais e cotidiano Índice |
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