São Paulo, quarta-feira, 02 de março de 2011

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JCPenney nega envolvimento na prática do "chapéu preto"

DO "NEW YORK TIMES"

A JCPenney afirma que não tem nada a ver com a manobra do "chapéu preto". Darcie Brossart, porta-voz da empresa, disse por e-mail que "a J.C. Penney não autorizou e não esteve envolvida na publicação dos links citados". Acrescentou: "Eles são contra as nossas políticas de busca natural on-line. Estamos trabalhando para remover os links".
Os links não têm impressões digitais, mas nada a respeito deles foi sutil.
Usando uma ferramenta on-line chamada Open Site Explorer, Pierce encontrou 2.015 páginas com frases como "vestidos casuais", "vestido preto básico", "vestidos de noite" ou "vestido de coquetel". Clique em qualquer uma dessas frases em qualquer uma dessas 2.015 páginas, e você será enviado diretamente para a página de vestidos do JCPenney.com.

LIGAÇÃO SEM NOÇÃO
Algumas das 2.015 páginas ficam em sites sobre roupas, ainda que apenas no nome. Mas a maioria não. Havia links em sites de apostas, de engenharia, de imobiliárias e de instituições de ensino; também havia em sites sobre doenças, câmeras, carros, cães e ronco -e a lista não para por aí.
Quando você lê a enorme lista de sites com links para o site da JCPenney, o cenário da internet adquire um relevo totalmente novo. Ele começa a se parecer com uma cidade com poucos prédios conhecidos e bem preservados cercados por milhões de casebres mantidos em posição vertical sem nenhuma finalidade a não ser estampar os anúncios pintados em suas paredes.
Explorar esses casebres com links é algo que o Google não aceita. As orientações da empresa advertem contra o uso de truques para melhorar o seu ranking. A penalidade para quem é pego é um par de sapatos de concreto virtual: a empresa afunda nos resultados do Google.

AÇÃO CORRETIVA
Matt Cutts, chefe da equipe antispam do Google, disse que a empresa havia detectado violações a suas orientações pelo site JCPenney.com em três ocasiões. A cada vez, foram tomadas medidas a fim de reduzir os resultados de busca da JCPenney.
Cutts e sua equipe não haviam percebido, porém, essa recente campanha de links pagos, que ele disse estar funcionando nos últimos três ou quatro meses. E tomou medidas imediatas, que o Google chama de "ação corretiva".
A JCPenney reagiu demitindo a empresa que lhe dava consultoria na área de buscas. E emitiu um comunicado em que diz: "Estamos desapontados com o fato de o Google ter reduzido os nossos rankings em sua página devido a essa questão, mas continuaremos a trabalhar ativamente para manter a nossa posição naturalmente elevada nas buscas".
A empresa afirma que, embora a coleção de links certamente tenha trazido rendimentos adicionais, não chegou a representar a descoberta de uma mina de ouro.
Apenas 7% do tráfego do site JCPenney.com vem de cliques em resultados de busca orgânica, afirma a nota. Uma fonte muito maior de lucros na temporada de festas veio de parcerias com empresas como o Yahoo! e a Time Warner, de novos aplicativos móveis e de quiosques nas lojas.


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