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Risco à privacidade é investigado nos EUA
Comissão do Senado questiona empresas sobre ações para proteção de informações pessoais de seus usuários
Apple, Facebook, Google e AT&T foram sabatinadas pelos políticos, que querem leis mais explícitas
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
Apple, Facebook, Google e
AT&T enfrentaram, na semana passada semana, mais um
interrogatório sobre políticas
de privacidade na internet,
agora nas mãos de senadores
americanos interessados em
coibir o que veem como práticas abusivas e "arrepiantes"
dos gigantes digitais.
O questionamento ocorreu
na Comissão de Comércio,
Ciência e Transporte do Senado, que investiga práticas
de armazenamento e venda
de dados de usuários de redes sociais para a criação de
anúncios dirigidos.
Os legisladores pressionam pela aprovação de leis
para proteger a privacidade
dos consumidores. Exigem
que as empresas divulguem
claramente os usos dos dados armazenados e peçam
autorização expressa para
que as informações sejam
passadas a terceiros.
Há várias medidas sobre o
tema pendentes no Congresso, mas nenhuma previsão
para votação neste ano.
A audiência chega na esteira de escândalos recentes
envolvendo companhias que
atuam na internet.
Para o Google, a questão
está no registro de dados não
seguros a partir de redes sem
fio (Wi-Fi) particulares. O Facebook teve problemas por
mudanças constantes em
seus critérios de privacidade
de usuários-cada vez mais
propensos à divulgação de
dados a priori.
Já a AT&T sofreu uma crise
de relações públicas por ver
divulgados mais de 100 mil
endereços de e-mail de usuários do iPad, da Apple, pouco
após o lançamento do produto, em abril deste ano.
O professor Joe Turow, da
escola de comunicação da
Universidade da Pensilvânia, testemunhou na sessão
adicionando críticas às práticas comerciais na internet.
"Quando empresas seguem pessoas sem seu conhecimento, vendem seus
dados sem informá-las e daí
decidem-nas palavras da
indústria- se são alvos ou
inúteis, temos um problema
social", afirmou ele.
As práticas não são negadas. O Google admite manter
arquivadas as buscas de números de IPs particulares; o
Facebook grava arquivos de
ações de usuários por anos.
As companhias afirmam temer que leis mais amplas
prejudiquem seu sistema de
publicidade.
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