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FOCO
Jogo é usado no tratamento de distrofia muscular em SP
AMANDA DEMETRIO
DE SÃO PAULO
O corintiano fanático Anderson Batista dos Anjos, 26,
não tem força muscular para
segurar uma guitarra ou tocar um trompete. Ainda assim, ele cria música durante
seu tratamento na Abdim
(Associação Brasileira de
Distrofia Muscular).
Anjos usa o GenVirtual,
desenvolvido por Ana Grasielle em seu doutorado no
LSI (Laboratório de Sistemas
Integráveis) da USP.
O jogo virtual usa os símbolos de realidade aumentada para funcionar. O usuário
aponta para um cartão e o
gesto é lido pela câmera instalada no computador. O
programa interpreta qual
cartão foi acionado pelo gesto e realiza uma ação.
Com o software, é possível
brincar de jogo da memória e
até com uma espécie de Guitar Hero adaptado, mas o favorito na Abdim parece ser o
game de criação de música.
No jogo, os cartões com
símbolos de realidade aumentada ficam posicionados
sobre a mesa -cada um é
uma nota musical. O paciente precisa fazer o movimento
de colocar a ponta de uma espécie de vareta sobre o cartão. Feito isso, o programa
emite um som. Uma sequência de gestos permite criar
uma música.
Segundo Adriana Nathalie
Klein, que coordena o setor
de terapia ocupacional da
Abdim, o uso do jogo aumentou a motivação dos pacientes e funciona de maneira
complementar a outras terapias. Ela conta que, em casos
de distrofia, a meta é manter
os movimentos existentes.
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