São Paulo, quarta-feira, 06 de outubro de 2010

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Reconhecimento de fala tem inúmeras aplicações

Em PC e celular, tecnologia é usada por deficientes, militares e escritores

Apesar de a oferta em português ser quase nula, adaptação "está no horizonte" do Google, diz a empresa no Brasil

DE SÃO PAULO

Tetraplégicos controlam o computador usando comandos de voz.
Militares americanos no Afeganistão falam em inglês diante do celular, que reconhece as frases e as traduz para pashtu.
Um escritor dita seu novo livro inteiro para o computador, que transcreve as palavras com precisão.
No trânsito, o motorista fala para seu celular com GPS o endereço de seu destino, em vez de digitá-lo.
Como se pode notar, são inúmeras as aplicações dos sistemas de reconhecimento de fala, tanto no computador quanto no celular.
Entre os computadores, destaca-se a empresa americana Nuance, responsável pela aclamada linha comercial de softwares Dragon.
David Pogue, colunista de tecnologia do "New York Times", é um entusiasta de sistemas de reconhecimento de fala, especialmente do Dragon NaturallySpeaking.
Usando o software, ele já ditou livros inteiros, como "Mac OS X: The Missing Manual, Second Edition" (Mac OS X: o manual que faltava, segunda edição).
O Google tem investido pesado em comandos de voz no seu sistema operacional móvel, o Android.
Em agosto, a empresa introduziu as Voice Actions (ações de voz), que permitem, por exemplo, enviar mensagens de texto, iniciar a reprodução de uma música, ligar para um contato, enviar um e-mail e obter orientações de direção por meio de comandos de voz.

EM PORTUGUÊS
Além de só funcionarem na versão mais recente do Android -a 2.2, que ainda não está disponível em nenhum celular no Brasil-, as Voice Actions só entendem inglês, por enquanto.
Até hoje, aliás, a oferta de sistemas de reconhecimento de fala em português para celulares e computadores é quase nula.
Felix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil, afirmou à Folha que não há previsão de transpor a tecnologia de reconhecimento de fala da empresa para a língua portuguesa, mas que essa adaptação "está no horizonte" do Google.
O principal desafio, segundo Ximenes, é tornar o sistema capaz de compreender com igual precisão os diversos sotaques brasileiros, o português de Portugal e o de outros países lusófonos, além da fala de pessoas que não tenham o idioma como língua primária.
(RAFAEL CAPANEMA)


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