São Paulo, quarta-feira, 07 de setembro de 2011

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'Há melhores ferramentas do que os games', diz professor

DE SÃO PAULO

Nem todos concordam com o uso de jogos para promover mudança social ou mesmo como apoio pedagógico em salas de aula.
"Há melhores ferramentas do que os games", diz Valdemar Setzer, professor do departamento de Ciências da Computação da USP.
"Melhores principalmente do que os jogos com violência. Esse tipo de jogo é muito rápido e faz o jogador desligar o pensamento consciente", argumentas o professor da USP. "Ele tem que reagir de maneira automática e isso é muito ruim, porque o ser humano é mais humano quanto mais ele pensa antes de agir", complementa.
Setzer vai além e sugere que não faz sentido usar ferramentas virtuais e eletrônicas para tentar modificar o mundo real.
"Os jogos digitais são uma distração do mundo real", defende o professor, que é autor de artigos e livros em que analisa o impacto dos meios eletrônicos na educação de crianças e adolescentes.
A leitura, o ensino tradicional no colégio (sem computadores ou games) e brincadeiras "saudáveis" podem trazer melhores resultados, segundo Setzer.
"Os games prejudicam a criatividade, a cognição, a leitura e trazem riscos para a saúde", conclui. (AO)



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