São Paulo, quarta-feira, 10 de agosto de 2011

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Mar de ódio

Sob anonimato, usuários de internet destilam comentários raivosos em redes sociais e outros sites; psicólogos, vítimas e moderadores discutem o fenômeno

LEONARDO MARTINS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Chico Buarque, 67, não conhecia os confins da internet. Recentemente, em vídeo publicado na rede, o compositor contou como essa relação começou: leu os comentários de uma notícia relacionada a ele em um grande portal.
"Hoje em dia, com essa coisa de internet, as pessoas falam o que vem à cabeça", diz. "Se o artista olhar na internet, ele é odiado". O vídeo, curiosamente, não está aberto para comentários.
O que Chico Buarque descobriu é o cotidiano da rede: com a facilidade de serem anônimos e a sensação de fazerem parte de um grande grupo, usuários destilam seu ódio em fóruns, portais e redes sociais -são os "haters" (odientos).
O excesso de raiva pode ter consequências drásticas: recentemente, o jornalista Geneton Moraes Neto moveu uma ação na Justiça contra um usuário do Twitter que o acusou de plágio. Venceu, e o réu foi condenado.
A desindividuação, fenômeno psicológico estudado desde o fim do século 19, tem sido cada vez mais discutida.
Psicólogos associam o ódio on-line à falta de estrutura familiar e afirmam que a internet escancarou as portas para o bullying.
Sites e governos buscam soluções para coibir o anonimato na rede.
Nesta edição, conheça a opinião de "haters", de psicólogos e de pessoas que lidam com o ódio virtual diariamente -os moderadores de fóruns e comunidades.


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