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Caça ao iPad
Superfeira de tecnologia
realizada em Las Vegas
aponta rumos da indústria
RODOLFO LUCENA
ENVIADO ESPECIAL A LAS VEGAS
A indústria de eletrônica
de consumo vai bem, obrigado. Esse parece ter sido o
principal recado a emergir de
uma feérica CES, maior feira
do setor no mundo, realizada
na semana passada em Las
Vegas. A dolorosa queda nas
vendas sofrida em 2009 passou, indicam números esgrimidos pela indústria. E as
perspectivas para este ano
são róseas: expansão de
10%, chegando a uma receita
global perto da emblemática
marca de US$ 1 trilhão.
Vários fatores contribuíram para a retomada. Um dos
mais significativos, segundo
a Consumer Electronics Association, que organiza a feira, foi o impacto exercido nos
consumidores por produtos
inovadores que chegaram ao
mercado no ano passado, notadamente celulares inteligentes e, claro, os tablets
-leia-se iPad, da Apple, que
chacoalhou a indústria com
a velocidade e o número de
vendas, que superaram os
7,5 milhões de unidades em
cerca de seis meses.
Por isso mesmo, inovação
foi a palavra de ordem das
2.700 empresas que demonstraram sua força nos pavilhões do Centro de Convenções de Las Vegas, atraindo
cerca de 140 mil visitantes,
segundo os organizadores.
A palavra inovação, no geral, pode ser traduzida para
tablet, os aparelhos eletrônicos com tela sensível ao toque que se transformaram
em meio de diversão e instrumento de trabalho.
Eles já haviam despontado
no ano passado, timidamente, surgindo mais como uma
resposta antecipada ao burburinho de então, que apontava o próximo lançamento
de uma surpresa pela Apple.
Hoje, porém, a ordem é caçar o iPad, buscar tirar alguma fatia do mercado dominado pela empresa dirigida por
Steve Jobs. Todas as grandes
empresas presentes mostraram suas armas prontas para
chegar às lojas ou anunciaram que em breve terão concorrentes que, prometem
elas, serão rivais à altura da
sedução exercida pelo iPad.
Se terão, só os consumidores poderão dizer. O certo é
que os novos tablets oferecem recursos superiores (pelo menos, do ponto de vista
da especificação) aos disponíveis no modelo da Apple
atualmente no mercado, a
começar pelo tamanho.
Os principais candidatos a
rivais vêm com tela de 10,1
polegadas e trazem processador mais potente que o do
iPad, além de câmeras para
videoconferência e para captura de imagens e porta USB,
para comunicação direta
com outros dispositivos.
Outra tecnologia onipresente na Consumer Electronics Show foi a 3D, vista em
televisores de todos os tamanhos e demonstrada em celulares e tablets. Como vem
acontecendo em grandes feiras do setor nos últimos
anos, a indústria repete que
"este é o ano do 3D".
Talvez não seja, pois os
preços ainda são altos e há
falta de conteúdo. Mas que
está no caminho, está.
O jornalista RODOLFO LUCENA viajou a Las
Vegas a convite da Motorola
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