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Robôs mostram lados social e artístico
Fabricantes fazem demonstração de robô-cantora e autômatos desenvolvidos com foco em habilidades sociais
A HRP-4C foi criada totalmente a partir de uma japonesa com uma "boa voz", segundo um de seus criadores
DA ENVIADA ESPECIAL A CHIBA
A vida no Japão é toda automatizada. São máquinas
automáticas de venda, sistemas de pagamento digitais
em restaurantes e até privadas superinteligentes -em
algumas delas, o usuário pode ouvir uma música relaxante com um clique. Todos
os processos operam em sintonia e estão incorporados à
rotina do povo japonês.
Com funções mais complexas e humanas não poderia
ser diferente. Na superfeira
de tecnologia Ceatec, os fabricantes mostraram o potencial da robótica para automatizar funções complexas
como cantar ou interagir socialmente.
A robô HRP-4C, por exemplo, fez uma demonstração
no local. Ela é conhecida pelo
poder da sua voz , já que canta em suas apresentações.
Um dos desenvolvedores
do produto, Shuuji Kajita,
contou parte do desenvolvimento da máquina: "Pedimos a uma garota que tem
uma boa voz que cantasse e
analisamos cada detalhe.
Feito o estudo inicial, os dados foram inseridos em um
programa que gera sons a
partir de dados inseridos".
Segundo ele, foi analisada
a essência de cada som para
poder gerar uma grande variedade de vozes -"é possível criar uma voz mais velha
se quisermos", exemplifica.
As expressões faciais da
robô também foram baseadas nas da menina cantora
que inspirou a máquina.
A poucos metros da HRP-4C ficava localizado o estande da Tyco Eletrônicos que
trazia um grande robô-dinossauro que se movimentava e
fazia graça para a plateia.
Mas se enganou quem
achou que a máquina representava algum grande avanço da robótica. Segundo representantes da empresa, o
robô foi trazido do passado
para fazer um alerta em relação a questão ambiental.
Confira um vídeo do dinossauro em bit.ly/dinorobo.
AMIGO
No Japão, há quem pague
para poder passear com um
cãozinho. A razão, segundo
guias turísticos locais, é que
em alguns apartamentos não
é possível ter bicho de estimação e a carência é suprida
com alguns minutos pagos
ao lado do bicho alheio.
Agora essa falta também
poderá ser suprida por um
urso de pelúcia voltado para
interações sociais, desenvolvido pela Fujitsu -o robô foi
criado para fazer companhia.
Segundo a empresa, o robô dá ênfase na comunicação não-verbal -traz opções
de gesto e expressão facial
para interagir com seu dono.
Ele também traz uma câmera
e 13 sensores, para poder fazer contato visual e detectar a
resposta do seu companheiro humano.
(AMANDA DEMETRIO)
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