São Paulo, quarta-feira, 13 de outubro de 2010

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Robôs mostram lados social e artístico

Fabricantes fazem demonstração de robô-cantora e autômatos desenvolvidos com foco em habilidades sociais

A HRP-4C foi criada totalmente a partir de uma japonesa com uma "boa voz", segundo um de seus criadores

DA ENVIADA ESPECIAL A CHIBA

A vida no Japão é toda automatizada. São máquinas automáticas de venda, sistemas de pagamento digitais em restaurantes e até privadas superinteligentes -em algumas delas, o usuário pode ouvir uma música relaxante com um clique. Todos os processos operam em sintonia e estão incorporados à rotina do povo japonês.
Com funções mais complexas e humanas não poderia ser diferente. Na superfeira de tecnologia Ceatec, os fabricantes mostraram o potencial da robótica para automatizar funções complexas como cantar ou interagir socialmente.
A robô HRP-4C, por exemplo, fez uma demonstração no local. Ela é conhecida pelo poder da sua voz , já que canta em suas apresentações.
Um dos desenvolvedores do produto, Shuuji Kajita, contou parte do desenvolvimento da máquina: "Pedimos a uma garota que tem uma boa voz que cantasse e analisamos cada detalhe. Feito o estudo inicial, os dados foram inseridos em um programa que gera sons a partir de dados inseridos".
Segundo ele, foi analisada a essência de cada som para poder gerar uma grande variedade de vozes -"é possível criar uma voz mais velha se quisermos", exemplifica.
As expressões faciais da robô também foram baseadas nas da menina cantora que inspirou a máquina.
A poucos metros da HRP-4C ficava localizado o estande da Tyco Eletrônicos que trazia um grande robô-dinossauro que se movimentava e fazia graça para a plateia.
Mas se enganou quem achou que a máquina representava algum grande avanço da robótica. Segundo representantes da empresa, o robô foi trazido do passado para fazer um alerta em relação a questão ambiental. Confira um vídeo do dinossauro em bit.ly/dinorobo.

AMIGO
No Japão, há quem pague para poder passear com um cãozinho. A razão, segundo guias turísticos locais, é que em alguns apartamentos não é possível ter bicho de estimação e a carência é suprida com alguns minutos pagos ao lado do bicho alheio.
Agora essa falta também poderá ser suprida por um urso de pelúcia voltado para interações sociais, desenvolvido pela Fujitsu -o robô foi criado para fazer companhia.
Segundo a empresa, o robô dá ênfase na comunicação não-verbal -traz opções de gesto e expressão facial para interagir com seu dono. Ele também traz uma câmera e 13 sensores, para poder fazer contato visual e detectar a resposta do seu companheiro humano.
(AMANDA DEMETRIO)


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